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Incêndio causa explosão em hidrelétrica da Enel, na Itália; três morreram

Porta-voz da Enel diz que a produção de energia foi interrompida e que ainda não se sabe a causa do incidente

Enel
Usina da cidade de Bargi foi afetada – Crédito: Reprodução / Vigili del Fuoco

Uma explosão se desencadeou em uma usina hidrelétrica da gigante energética Enel no centro da Itália, na tarde desta terça-feira (9). O ocorrido deixou três mortos e seis desaparecidos, informou a Prefeitura de Bolonha à agência de notícias francesa, AFP.

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A detonação ocorreu em uma usina da distribuidora de energia elétrica na cidade de Bargi. Imagens registradas pelo Corpo de Bombeiros da cidade mostram uma densa fumaça saindo das instalações da companhia.

O grupo italiano Enel Green Power, subsidiária especializada em energias renováveis da Enel, disse, em comunicado divulgado pela mídia local, que “houve um incêndio que afetou um transformador da central hidrelétrica”. Além disso, garantiu que todas as medidas de segurança foram tomadas rapidamente para permitir a evacuação adequada no local.

Um porta-voz da empresa ainda esclareceu que a barragem não foi danificada pela explosão, mas que a produção de energia foi interrompida, sem causar impacto “no fornecimento de eletricidade a nível local e nacional”.

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Segundo o chefe dos bombeiros de Bolonha, Calogero Turturici, entrevistado pela televisão local, não é possível determinar de imediato as causas do acidente.

 Enel enfrenta cenário desafiador no Brasil

A Enel, a principal empresa da Bolsa italiana, enfrenta um cenário desafiador devido à sua dívida de 60,2 bilhões de euros. Com um valor de mercado de 61 bilhões de euros (cerca de R$ 329 bilhões de reais na cotação atual), a companhia está sob crescente escrutínio, especialmente após cortes de energia em várias capitais da América Latina, incluindo São Paulo.

A dívida atual da Enel alcançou R$ 324 bilhões. Isso resultou em uma queda de mais de 50% em suas ações desde 2021. Apesar de vender alguns ativos para mitigar a situação, a queda ainda é de 30% nos últimos três anos.

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Sob nova gestão, a Enel adotou uma abordagem de contenção, reduzindo seus investimentos em energias renováveis e cortando seu plano de investimentos.

O diretor geral, Flavio Cattaneo, expressou o compromisso da empresa em priorizar a disciplina financeira para impulsionar a geração de caixa. Cattaneo, em comunicado ao mercado no dia 16 de novembro de 2023, disse que seria adotada uma “abordagem mais seletiva em relação aos investimentos, a fim de maximizar a lucratividade e, ao mesmo tempo, minimizar os riscos”.

A situação da Enel destaca as complexidades enfrentadas pelas empresas de energia em um ambiente global volátil. Enquanto lida com desafios financeiros e operacionais, a empresa busca um equilíbrio entre a redução de dívidas e a manutenção de suas operações em um setor crucial para o funcionamento da sociedade moderna.

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*sob supervisão de Tomaz Belluomini

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