fonte de energia

Israel bombardeia painéis solares na Faixa de Gaza, informa ONU

A falta de combustível encerrou atividades de diversos poços de captação de água, uma usina de dessalinização de água do mar e de padarias no enclave

Painéis solares de edifícios na Faixa de Gaza, no Norte do enclave palestino, foram destruídos durante bombardeiros da força aérea israelense.
(Crédito: Reuters/Via Agência Brasil)

Painéis solares de edifícios na Faixa de Gaza, especialmente na cidade de Gaza, no Norte do enclave palestino, foram destruídos durante bombardeiros da força aérea israelense. A informação é do Escritório para Assuntos Humanitários da Organização das Nações Unidas (Ocha). Com a eletricidade totalmente cortada desde o dia 7 de outubro, os painéis solares são uma das únicas fontes de energia, uma vez que a entrada de combustível em Gaza é proibida por Israel.

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“Vários painéis solares nos telhados de edifícios, particularmente na cidade de Gaza, foram destruídos nos últimos dias durante os bombardeamentos israelenses. As instalações afetadas incluem os hospitais Shifa e Nasser, vários poços de água e padarias. Isto eliminou uma das fontes de energia restantes, que não depende de combustível”, alertou a Ocha.

A falta de combustível encerrou atividades de diversos poços de captação de água, uma usina de dessalinização de água do mar e de padarias na Faixa de Gaza. A Ocha diz que há indícios de que nenhuma padaria funciona mais na parte norte do enclave e que no sul o acesso ao pão é um desafio.

“O único moinho em funcionamento em Gaza continua incapaz de moer trigo devido à falta de eletricidade e combustível. Onze padarias foram atingidas e destruídas desde 7 de outubro. Apenas uma das padarias contratadas pelo Programa Mundial de Alimentos, juntamente com outras oito padarias nas zonas Sul e Centro, fornece intermitentemente pão aos abrigos, dependendo da disponibilidade de farinha e combustível. As pessoas fazem longas filas em padarias, onde ficam expostas a ataques aéreos”, destacou Ocha.

O palestino naturalizado brasileiro Hasan Rabee, de 30 anos, contou nesta segunda-feira (6) que a farinha que eles têm deve durar mais dois dias. Ele está com a família em Khan Yunis, ao sul do enclave, aguardando autorização para deixar o local.

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“O mais difícil para gente achar é farinha, farinha você não encontra. O saco de farinha, por exemplo, estava R$ 40 e hoje está R$ 150, R$ 200 e R$ 300 e você não acha. Muito complicado, muito sofrimento, cada dia pior que o outro”, lamentou.

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