
O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, negou a existência de um acordo de cessar-fogo temporário em Gaza para permitir a retirada de estrangeiros da região.
A agência Reuters havia informado, com base em duas fontes de segurança egípcias, que Egito, Israel e Estados Unidos tinham concordado com o cessar-fogo e a reabertura da fronteira em Rafah.
“Atualmente, não há trégua e ajuda humanitária em Gaza em troca da retirada de estrangeiros”, informou um comunicado do gabinete de Netanyahu.
O chefe do gabinete de comunicação do Hamas, Salama Marouf, afirmou não ter recebido nenhuma informação do Egito sobre o plano de abrir a fronteira.
O acordo estava previsto para valer a partir das 9h no horário local (3h, no horário de Brasília) desta segunda-feira (16). Contudo, fontes da agência em Al-Arish afirmaram que a fronteira permanecia fechada após este horário.
A agência de notícias informou que o cessar-fogo coincidiria com a reabertura da passagem na fronteira de Rafah, no sul de Gaza, com a Península do Sinai, no Egito. E que os três países tinham concordado em manter a fronteira egípcia com Rafah aberta até as 17h no horário local (11h, de Brasília).
A Embaixada dos Estados Unidos de Israel não se manifestou. O acordo permitiria a saída de cidadãos estrangeiros de Gaza e a chegada de ajuda humanitária ao território palestino. O chanceler egípcio, Sameh Shoukry, disse nesta segunda-feira (16) que o governo de Israel não tomou nenhuma posição desde o início da guerra para que a fronteira de Gaza fosse reaberta.
O posto de controle de #Rafah, localizado na fronteira entre o Egito e a Faixa de #Gaza, estará aberto até as 17h de hoje. #Blinken anunciou isso após sua conversa com o presidente egípcio Al-Sisi. Disse também que o Egipto prestará assistência humanitária aos palestinianos pic.twitter.com/tUypigCamw
— Mina (@Mina696645851) October 16, 2023