660 feridos

Israel retoma grandes bombardeios a Gaza após cessar-fogo; Hamas relata mais de 400 mortos

Os ataques ocorrem após semanas de trégua e deixaram centenas de mortos e feridos, segundo autoridades palestinas.
Cenário de guerra em Gaza – Crédito: depositphotos.com / thenews2.com

As forças israelenses voltaram a bombardear a Faixa de Gaza na madrugada desta terça-feira (18), horário local. Os ataques ocorrem após semanas de trégua e deixaram centenas de mortos e feridos, segundo autoridades palestinas.

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Por que Israel retomou os ataques?

O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, informou que 413 pessoas morreram e outras 660 ficaram feridas. Este foi o primeiro grande ataque israelense desde o início do cessar-fogo, em janeiro.

Israel afirmou ter atingido alvos do Hamas, incluindo lideranças do grupo. No entanto, autoridades palestinas relataram a morte de diversos civis. O gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarou que a ofensiva foi uma resposta à recusa do Hamas em libertar reféns e aceitar novas negociações para a segunda fase do cessar-fogo.

“Israel atuará, a partir de agora, contra o Hamas com força militar crescente”, disse o governo israelense em comunicado. O país afirmou que manterá os ataques pelo tempo que considerar necessário e poderá ampliar a operação militar.

Explosões e cenário de destruição

Testemunhas relataram à Reuters uma série de explosões em diferentes pontos da Faixa de Gaza. Segundo médicos que atuam no território, ao menos 200 pessoas morreram, incluindo crianças. Mais tarde, o número de mortos foi atualizado para 326 e, depois, 413, de acordo com o Hamas.

Durante os ataques, um dos mortos foi Mahmoud Abu Watfa, membro do alto escalão de segurança do grupo, conforme informado por fontes palestinas. A agência Reuters registrou explosões na Cidade de Gaza, Deir Al-Balah, Rafah e Khan Younis. Segundo a Defesa Civil da região, 35 bombardeios foram contabilizados.

Um representante do Hamas acusou Israel de agir de forma unilateral e colocar os reféns sob um “destino incerto”. Diante do agravamento da situação, Israel impôs novas restrições às comunidades próximas à Faixa de Gaza, incluindo a suspensão de aulas nessas áreas.

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Na manhã desta terça-feira (18), pelo horário de Brasília, Israel ordenou evacuações em algumas partes de Gaza. Palestinos foram vistos deixando suas casas.

Antes deste ataque, Israel já havia realizado bombardeios pontuais. No último sábado (15), ao menos nove pessoas morreram em uma ofensiva no norte do território, segundo médicos locais.

O cessar-fogo entre Israel e o Hamas começou em 19 de janeiro e previa a suspensão dos ataques, além da troca de reféns por prisioneiros palestinos detidos em Israel. A primeira fase do acordo terminou em 1º de março, e as negociações para uma prorrogação fracassaram.

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Diante do impasse, Israel suspendeu a entrada de ajuda humanitária em Gaza. Enquanto isso, Egito, Catar e Estados Unidos tentam intermediar a retomada do diálogo entre as partes.


Leia também: Confira detalhes do histórico acordo de cessar-fogo em Gaza

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