O presidente argentino Javier Milei participou nesta sexta-feira (26) da cerimônia do Dia em Memória das Vítimas do Holocausto na sede do Museu do Holocausto, na região da Recoleta, em Buenos Aires. O museu funciona em um prédio construído originalmente para a Companhia Ítalo-Argentina de Eletricidade.
Discurso de Milei
Milei participou da cerimônia tradicional de acendimento das velas do candelabro judaico. Assim, realizou um discurso ao lado de Marcelo Midlin, presidente da instituição e sobrevivente do Holocausto.
“Os sobreviventes que abrigamos no nosso país são um testemunho para que atrocidades como esta nunca mais se repitam”, afirmou o presidente argentino. “Este novo governo tem a vocação de transformar a Argentina numa nação livre e próspera, que possa acolher aqueles que fogem da opressão e procuram a paz. O Holocausto e os nazistas não são algo do passado: os acontecimentos ocorridos em outubro do ano passado são horríveis e, num contexto global de ressurgimento do anti-semitismo, temos de ser firmes”, acrescentou.
Milei ainda mencionou o grupo terrorista Hamas, que tem travado uma guerra contra Israel: “a Argentina não permanece calada diante do terror do Hamas e exige a libertação imediata de todos os civis sequestrados. Estou comprometido em continuar trabalhando com as organizações da comunidade judaico-argentina e em fortalecer nosso vínculo com o Estado de Israel”.
Já Marcelo Midlin agradeceu o presidente argentino pela presença no evento e “por demonstrar, desde o primeiro momento, seu apoio a Israel após o atentado de 7 de outubro, e por ter iniciado o processo de categorização do Hamas como organização terrorista. O fato de estar aqui hoje é um forte símbolo de que a memória do Holocausto é uma política de Estado na República Argentina”.
Também estavam presentes no evento os ministros Mariano Cúneo Libarona (Justiça), Luis Petri (Defesa), Diana Mondino (Relações Exteriores), Sandra Petovello (Capital Humano). Além disso, também esteve presente o chefe do Governo de Buenos Aires, Jorge Macri.
Como surgiu o Dia em Memória das Vítimas do Holocausto
O Dia em Memória das Vítimas do Holocausto foi estabelecido globalmente em 2005 pela Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU). A data foi aprovada por meio da aprovação da Resolução 60/7, intitulada “Memória do Holocausto”.
O Holocausto, reconhecido como um dos capítulos mais sombrios da história mundial, testemunhou o regime nazista de Adolf Hitler executando um extermínio sistemático e organizado de grupos considerados indesejados, como os judeus.
Dessa forma, a escolha do dia 27 de janeiro para essa lembrança é significativa. Assinala a libertação do campo de concentração de Auschwitz-Birkenau pelas forças soviéticas em 1945.
Dessa forma, o Dia em Memória das Vítimas do Holocausto tem o propósito de recordar as atrocidades desse período. Além disso, pretende educar as gerações futuras sobre os perigos do ódio e da intolerância.
Em suma, a data procura honrar a memória das vítimas. Busca ainda garantir que não esqueçamos os horrores do Holocausto. Em resumo, busca estimular a reflexão sobre os valores fundamentais da dignidade humana, dos direitos humanos e da justiça.
* Sob supervisão de Lilian Coelho