
Um tribunal ucraniano condenou um soldado russo a prisão perpétua nesta segunda-feira (23), por um crime de guerra ao matar um civil desarmado, no primeiro julgamento decorrente da invasão da Rússia no país. A Rússia nega ter civis como alvo ou qualquer envolvimento em crimes de guerra.
Um comandante de tanque de 21 anos, Vadim Shishimarin, havia se declarado culpado de matar Oleksandr Shelipov, de 62 anos, na aldeia ucraniana de Chupakhivka, no nordeste do país, em 28 de fevereiro, após receber ordem para atirar nele.
Segundo o portal Uol, o juiz Serhiy Agafonov disse que Shishimarin, executando uma “ordem criminosa” dada por um militar de patente superior, tinha disparado vários tiros na cabeça da vítima com uma arma automática. Até o momento, o Kremlin não comentou sobre o veredicto.
A condenação por crime de guerra pelo tribunal ucraniano é a primeira de uma serie que deve ocorrer dos dois lados, tanto ucraniano, quanto russo. https://t.co/Mq9DOrqO4E
— Paulo Filho (@PauloFilho_90) May 23, 2022
Entenda o conflito
Desde o dia 24 de fevereiro, Vladimir Putin deu início ao conflito contra a Ucrânia ao bombardear regiões do país. A invasão contou com domínios por terra, mar e ar, após autorização do presidente russo.
Vladimir Putin não aceita que a Ucrânia faça parte da OTAN, uma aliança criada pelos Estados Unidos. O presidente não deseja que uma base inimiga seja estabelecida próxima a seu território, uma vez que a Ucrânia faz fronteira com a Rússia. Esse foi um dos estopins para que Putin iniciasse os ataques.