datado de 1682

Livro encadernado com pele humana é exibido na feira literária de Nova York

Item está disponível para venda por US$ 45 mil, o que equivale a aproximadamente R$ 230 mil

Livro encadernado com pele humana é exibido na feira literária de Nova York
Livro encadernado com pele humana – Créditos: Holding History/Reprodução

Um livro encadernado com pele humana, datado de 1682 e considerado uma raridade no mercado de livros antigos, foi exibido nesta quinta-feira (4) na Feira Internacional de Livros Antigos de Nova York, promovida pela Associação de Antiquários de Livros da América (ABAA).

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O item está disponível para venda por US$ 45 mil, o que equivale a aproximadamente R$ 230 mil. A 64ª edição da feira ocorre no Park Avenue Armory, em Nova York, de 4 a 7 de abril.

Qual a história do livro?

O livreiro da Lux Mentis, Ian Kahn, contou à CNN que o livro “foi encadernado em 1682 por um jovem que estudava medicina em Paris. Ele era espanhol, não conhecia ninguém e foi ver uma peça chamada ‘Le Baron’, que gostou tanto que comprou uma cópia em folhas de papel”.

Posteriormente, o estudante de medicina, Jacopo X, encontrou a atriz da peça em sua mesa de autópsia. Ele decidiu encadernar o livro com uma parte de sua pele para evitar que “ela se perdesse para sempre em uma vala comum“.

A única maneira de você acabar em uma sala de autópsias em 1682 é se o seu corpo não for reclamado. Ele se encarregou de pegar uma seção de suas costas, processá-la em pergaminho e encadernar no local em que ela, provavelmente, se apresentou pela última vez: sua pele”, disse Kahn.

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O livro foi passado pela família de Jacopo X, e eventualmente, chegou até Kahn por meio do atual proprietário, Riccardo X.

Na verdade, veio até mim com uma nota que dizia: ‘Caro Sr. Kahn, minha família tem um livro encadernado em pele humana desde que meu ancestral o encadernou em 1682. Decidimos que ele deveria vir ao mercado e nos disseram que deveríamos entrar em contato com o senhor’, o que, tenho que admitir, foi provavelmente o melhor e-mail que eu já recebi na minha vida”, disse.

 * Sob supervisão de Lilian Coelho

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