María Migliore, importante secretária e próxima do atual prefeito, renunciou. Se em nível nacional o panorama político parece incerto, na cidade de Buenos Aires há a certeza de que uma mudança está a caminho.
A gestão de Horacio Rodríguez Larreta chega ao fim em um cenário em que as melhores chances de quem será o novo chefe de governo estão nas mãos de Jorge Macri: a transição já começou a acontecer. Neste contexto, Migliore, anunciou sua renúncia.
O desligamento foi feito quase quatro meses antes de 10 de dezembro, dia em que acontecerá a transição portenha e o fim do atual mandato de Larreta.
Até agora, Migliore atuou como ministra do Desenvolvimento Humano e Habitat. Dentre outros assuntos, foi responsável pelo desenvolvimento de programas como o Buenos Aires Presente (BAP), encarregado de atender moradores de rua.
Ela chegou ao Gabinete de Buenos Aires em 2019, pelas mãos do próprio Larreta. A sua presença gerou algum ruído interno no partido Proposta Republicana (PRO), porque Migliore tem um perfil um pouco mais “progressista”: possui ligações com os padres de comunidades e defende a economia popular. Além disso, ela é próxima do Papa Francisco.
“Temos sete milhões de pessoas que trabalham na economia social e popular. Essa economia existe, produz valor e o Estado deve procurar integrá-la”, disse algum tempo atrás em entrevista ao La Nación.
Uma das versões de sua saída são as divergências que Migliore tem com Macri, possível novo prefeito de Buenos Aires, a partir de 10 de dezembro. Além das diferentes visões que eles têm da questão social, haveria razões políticas. Uma delas, a central, seria que Migliore tinha uma clara tendência de apoio à candidatura de Martín Lousteau na fase de preparação para o PASO, algo que o grupo de Jorge Macri não esquece.
Segundo fontes do governo de Buenos Aires confidenciadas à Perfil, o Ministério de Desenvolvimento Humano e Habitat, até hoje era chefiado por Migliore, será liderado por seu vice Gabriel Mraida.
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— María Migliore (@MariaMigliore) August 13, 2023
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