Um membro do Departamento de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) foi morto após o exército israelense atirar em um veículo do órgão, na cidade de Rafah. A informação foi confirmada por Farhan Haq, porta-voz do secretário-geral da organização, António Guterres.
“Com o conflito em Gaza continuando a cobrar um preço pesado – não apenas dos civis, mas também de funcionários humanitários – o secretário-geral reitera seu apelo urgente para um cessar-fogo imediato e a libertação de todos os reféns”, apontou Haq. Além da vítima fatal, outro membro da ONU estava no carro e também foi ferido.
Guterres pronunciou-se em suas redes sociais, condenando o ataque e replicando a mensagem de Farhan Haq, que pede o cessar-fogo imediato.
Today a @UN vehicle was struck in Gaza, killing one of our colleagues & injuring another.
More than 190 UN staff have been killed in Gaza.
Humanitarian workers must be protected.
I condemn all attacks on UN personnel and reiterate my urgent appeal for an immediate humanitarian…— António Guterres (@antonioguterres) May 13, 2024
A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA, em inglês) afirmou que quase 200 pessoas vinculadas à ONU já morreram em Gaza. O comissário-geral da UNRWA, Philippe Lazzarini, recentemente solicitou que países apoiem uma investigação independente sobre os casos fatais decorrentes dos conflitos na região, que se iniciaram em 7 de outubro de 2023.
Secretário-geral da ONU pede cessar-fogo
Em um discurso em vídeo divulgado neste domingo (12), ele destacou que as forças israelenses já mataram mais de 35.000 palestinos no território desde o início dos ataques em outubro de 2023.
Além disso, Guterres solicitou a “libertação incondicional de todos os cativos detidos pelo Hamas, bem como a um aumento imediato na ajuda humanitária” para Gaza.
Contudo, enquanto o secretário-geral da ONU repetia seu apelo pelo cessar-fogo imediato, o Exército israelense atingiu vários pontos em Gaza. Esses ataques deslocaram centenas de milhares de refugiados já estavam fugindo da guerra.
Tanques israelenses avançaram sobre Jabalia. Enquanto isso, ataques em Beit Lahiya, ao norte, e em Rafah, ao sul, causaram a morte de dezenas de pessoas. Segundo a agência de notícias palestina Wafa, pelo menos 12 corpos foram levados ao Hospital Kamal Adwan, em Beit Lahiya, após o bombardeio.