Jerusalém

Ministro da Defesa é demitido após criticar reforma judiciária e protestos aumentam em Israel

Um dos manifestantes falou sobre a situação: “As mudanças que o governo quer são drásticas e podem mudar a cara do país. Precisamos protestar, nos mobilizar, fazer barulho, senão essa reforma será adotada. Somos a última muralha antes da ditadura”.

Ministro da Defesa é demitido após criticar reforma judiciária e protestos aumentam em Israel
(Crédito: Carl Court/Getty Images)

O ministro da Defesa, Yoav Gallant, foi demitido após criticar a reforma judiciária e protestos aumentaram em Israel, nesta segunda-feira (27). Segundo o Uol, o maior sindicato do país ameaça convocar um greve geral.

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“O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, decidiu destituir o Ministro da Defesa, Yoav Galant”, o gabinete do premiê informou por meio de um comunicado. Gallant disse que “devemos deter o processo legislativo”, em um discurso neste sábado (25).

De acordo com o correspondente da RFI em Jerusalém, Sami Boukhelifah, um dos manifestantes, Tom, falou sobre a situação: “As mudanças que o governo quer são drásticas e podem mudar a cara do país. Precisamos protestar, nos mobilizar, fazer barulho, senão essa reforma será adotada. Somos a última muralha antes da ditadura”.

Outro manifestante disse à RFI, “Essa reforma enfraquece a justiça e reforça o poder político; é uma ameaça para a democracia e para o Estado de direito, mas também para as minorias”.

As pessoas que estava no ato repetiam frases como “Fora Bibi!”, apelido que deram para o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu. Segundo a imprensa local, outras cidades do país, como Haifa no norte e Beer Sheva no sul, também realizaram protestos.

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Netanyahu iria realizar um pronunciamento, mas foi cancelado de última hora, segundo o Uol. Isaac Herzog, o presidente de Israel, pediu nesta segunda-feira (27) a suspensão dessa reforma judiciária: “Pelo bem da unidade do povo de Israel, pelo bem da responsabilidade necessária, peço a vocês que interrompam o processo legislativo imediatamente”.

Reforma

O projeto de reforma legal da magistratura foi apresentado em janeiro deste ano. Desde então, causou várias manifestações em Israel, segundo o Uol.

Aliados do país, como os Estados Unidos, questionaram a reforma. A porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Adrienne Watson, disse, “Estamos profundamente preocupados com os acontecimentos de hoje em Israel, que ressaltam ainda mais a necessidade urgente de um compromisso”.

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