Dia Internacional da Mulher

Mulheres se reúnem em frente ao Congresso da Argentina neste 8 de março

“É uma oportunidade para convidar todas as jovens, mulheres, lésbicas, travestis e trans, a sociedade argentina e o mundo a se juntarem para denunciar que ainda somos mortas por ódio”, disseram organizadores da assembleia 8M

Neste 8 de março de 2024, por meio de um comunicado, as organizações feministas afirmaram: "A todas que se mobilizaram pelo 'Ni Una Menos' (Nem uma a menos, em português) em 2015, às que fizeram greve em 2016 e 2017 e foram parte da maré verde entre 2018 e 2020, convidamos a se manifestarem orgulhosamente feministas neste 8 de março".
Marcha 8M – Créditos: Pablo Cuarterolo

Neste 8 de março de 2024, por meio de um comunicado, as organizações feministas afirmaram: “A todas que se mobilizaram pelo ‘Ni Una Menos’ (Nem uma a menos, em português) em 2015, às que fizeram greve em 2016 e 2017 e foram parte da maré verde entre 2018 e 2020, convidamos a se manifestarem orgulhosamente feministas neste 8 de março”. A convocação na cidade de Buenos Aires era para se concentrar às 16h na Plaza de los Dos Congresos.

Publicidade

A assembleia organizada pelo 8M, destacou: “É uma oportunidade para convidar todas as jovens, mulheres, lésbicas, travestis e trans, a sociedade argentina e o mundo a se juntarem para denunciar que ainda somos mortas por ódio, que recebemos menos por tarefas iguais, que somos aquelas que carregam com os cuidados e que mais sofrem as consequências da precarização do trabalho, da fome, do saque dos recursos públicos e da captura do Estado por parte de privados”.

As concentrações também ocorreram em diversas cidades do interior, como Córdoba, Rosario, Mendoza, San Juan e Paraná, entre outras, com as mesmas consignas.

Esta data e a mobilização ganham relevância durante um governo que, em três meses de gestão, determinou o fechamento do Ministério das Mulheres, Gêneros e Diversidade, do Instituto Nacional contra a Discriminação, a Xenofobia e o Racismo (INADI), proibiu o uso de linguagem inclusiva na administração pública, uma deputada da La Libertad Avanza apresentou um projeto de lei para revogar a legislação de aborto legal sancionada em dezembro de 2020 e, esta manhã, decidiu que o Salão das Mulheres passará a se chamar “Salão dos Heróis”. Manuel Adorni, porta-voz do presidente Javier Milei, afirmou que “ter um Salão das Mulheres talvez seja discriminatório para os homens”.

A Campanha pelo Aborto Legal, Seguro e Gratuito na Argentina convidou a participarem da marcha com lenços verdes para defender a lei sancionada em 2020, diante da possibilidade do atual governo buscar sua revogação.

Publicidade

Por sua vez, a CTA (Central de Trabalhadores da Argentina) e a CGT (Confederação Geral do Trabalho) convocaram a sair às ruas neste 8 de março: “Em unidade, os feminismos organizados nas centrais sindicais saem novamente às ruas. Não há justiça social sem igualdade de gênero”.

Assine nossa newsletter

Cadastre-se para receber grátis o Menu Executivo Perfil Brasil, com todo conteúdo, análises e a cobertura mais completa.

Grátis em sua caixa de entrada. Pode cancelar quando quiser.