Ao menos 33 pessoas morreram após o bote onde estavam naufragar, nesta quarta-feira (24), enquanto tentavam atravessar o Canal da Mancha da França para o Reino Unido. As informações foram divulgadas pelo prefeito da cidade de Teteghem na França.
As autoridades locais haviam informado anteriormente a morte de cinco pessoas que estavam na embarcação, mas que havia a possibilidade de aumento do número devido ao estado grave em que vários dos resgatados se encontravam.
O prefeito de Teteghem e vice-presidente de Transportes para a Região Norte da França, Franck Dhersin, foi quem anunciou as mortes.
Gerald Darmanin, Ministro do Interior da França, disse que estava indo para o local em uma rede social.
“Emoção forte diante da tragédia das muitas mortes devido ao naufrágio de um barco migrante no Canal da Mancha.
Não podemos dizer o suficiente sobre a natureza criminosa dos contrabandistas que organizam essas travessias. Eu vou lá.”
Forte émotion devant le drame des nombreux morts dû au chavirage d’un bateau de migrants dans la Manche.
— Gérald DARMANIN (@GDarmanin) November 24, 2021
On ne dira jamais assez le caractère criminel des passeurs qui organisent ces traversées. Je me rends sur place.
As autoridades locais informaram que dois helicópteros e três barcos da polícia ou de resgate estavam no local e que outras 26 pessoas que faziam a travessia foram salvas.
Em entrevista para a agência Reuters, o pescador Nicolas Margolle disse que havia visto a dois pequenos barcos mais cedo nesta quarta-feira, um com pessoas a bordo e outro vazio.
O homem também disse que outro pescador havia acionado o resgate após ver um bote vazio e 15 pessoas flutuando sem movimento por perto, inconscientes ou mortas.
O pescador afirmou que havia mais barcos nesta quarta-feira porque o tempo estava bom. “Mas está frio”, acrescentou Margolle.
No início da quarta-feira, um grupo de mais de 40 migrantes foi visto indo em direção ao Reino Unido em um bote.
Embora a polícia da França esteja impedindo mais travessias do que em anos anteriores, as ações interromperam apenas em parte o fluxo de migrantes que querem chegar ao Reino Unido através do Canal da Mancha. A passagem marítima é uma das rotas de navegação mais movimentadas do mundo e as correntes são fortes. Os barcos pequenos podem ficar à mercê das ondas.