Em 1987, Colin Steer realizava uma pequena restauração na casa vitoriana em que vivia com sua esposa, Vanessa, no condado britânico de Devon, quando percebeu um rebaixamento no piso de sua sala.
“Eu estava substituindo as vigas do piso quando notei uma leve depressão – parecia estar preenchida com as fundações da casa”, afirmou o senhor em uma entrevista repercutida pelo Yahoo Internacional em 2012.“
Ele decidiu investigar, porém, apenas recebeu permissão de sua parceira para cavar alguns centímetros daquilo que parecia ser um poço antigo antes dela barrar o projeto. Isso, pois, na época, o casal tinha três filhos pequenos, e Vanessa tinha medo que o buraco no meio da casa pudesse provocar um acidente.
Assim, Colin cobriu o local novamente, e apenas conseguiu saciar sua curiosidade a respeito em 2011, quando se aposentou e decidiu adotar a escavação do poço como seu novo hobby.
“Sempre quis desenterrá-lo para ver se conseguia encontrar um pote de ouro no fundo, então, quando me aposentei no final do ano passado, foi isso que comecei a fazer”, explicou Colin na época.
A descoberta
Ao examinar os documentos da residência, Steer encontrou evidências de que a construção vitoriana data do século 16, o que o levou a acreditar que o poço em si tenha sido cavado antes, durante a Idade Média.
Para avaliar melhor o achado, o britânico também foi atrás de especialistas em arqueologia que pudessem realizar a datação do espaço. Em sua exploração, aliás, o senhor de idade descobriu mais de um artefato, com o primeiro deles sendo uma espada:
Estava escondida em um ângulo de 45 graus e simplesmente caiu. Parece uma velha arma de combate de um camponês porque parece ser feita de pedaços de metal todos misturados”, contou, ainda de acordo com o Yahoo.
Já em 2021, Steer encontrou uma moeda que remontava ao ano de 1725 no interior do poço.
Na época, ele já havia cavado 5 metros para baixo, e descoberto água no fundo da estrutura. Segundo revelou ao DailyMail, ele chegou a provar do líquido:
“Na verdade, até experimentei um pouco da água que está no fundo do poço. Estava muito clara e, para mim, tinha um gosto bom. Vou fazer um teste de bactérias e, se tudo der certo, posso até mesmo engarrafá-la e vendê-la”, explicou o idoso.
O poço e a casa
Outro detalhe da história é que a esposa do homem, Vanessa, não divide do mesmo fascínio do marido pela descoberta. Em 2012, ela chegou a dizer que “odiava” o poço, embora reconhecesse que era “uma característica e tanto” a respeito de sua casa.
Na entrevista de 2021, uma das atualizações dadas pelo casal é que Colin havia colocado um alçapão e uma placa de acrílico tapando o local, de forma que ele pudesse ser fechado quando não estivesse sendo escavado.
Como o acrílico é transparente, o interior do local ainda pode ser observado por quem quer que andasse pela sala do casal, o que sempre atraía a atenção de suas visitas: “É bom mostrar às pessoas, pois não é algo que você vê todos os dias”, concluiu o senhor ao DailyMail.