sob pressão

O que se sabe sobre os protestos em Israel contra Netanyahu?

Os atos ocorreram em Tel Aviv, Cesareia, Jerusalém, Raanana e Herzliya, representando uma das maiores manifestações contra o governo registradas desde outubro do ano passado

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Protestos em Israel – Crédito: Getty Images

Na noite de sábado (30), milhares de pessoas fizeram protestos em Israel pedindo pela libertação de todos os reféns na Faixa de Gaza e pela renúncia de Benjamin Netanyahu. Os atos ocorreram em Tel Aviv, Cesareia, Jerusalém, Raanana e Herzliya, representando uma das maiores manifestações contra o governo registradas desde outubro do ano passado, no período do ataque do Hamas contra Israel.

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Os manifestantes exibiram bandeiras e imagens dos reféns israelenses. Ainda, muitos carregaram cartazes com mensagens como “acordo de [libertação dos] reféns agora”.

Outros expressaram sua indignação direcionada a Netanyahu. Shira Elbag, cuja filha de 19 anos foi vítima de sequestro em outubro, declarou que “chegou o momento de sair para lutar contra a indiferença e pela vida”.

Além disso, na Rua Kaplan, em Tel Aviv, as manifestações também exigiram eleições gerais imediatas. Uma faixa de manifestantes dizia: “Marcharemos até Jerusalém e permaneceremos lá até que o governo se dissipe”. Já na Praça dos Reféns, houve a participação de reféns libertados pelo Hamas, que pediram pela volta daqueles que ainda estão em cativeiro.

Vale ressaltar que, em meio a esses protestos em Israel, os registros na capital constam todas as semanas desde outubro, com o objetivo central de pressionar o governo a alcançar um acordo de cessar-fogo.

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Já durante a celebração da missa de Páscoa, o Papa Francisco também fez um apelo à libertação dos reféns e implementação de um cessar-fogo. “A guerra é sempre um absurdo e uma derrota”, enfatizou o pontífice argentino.

Brigas na noite sábado e os bombardeios em Gaza

Ainda que os protestos tenham sido majoritariamente pacíficos, houve o registro de algumas brigas e confusões. Segundo a polícia, centenas de manifestantes acenderam fogueiras, bloquearam uma rodovia e enfrentaram as autoridades policiais.

Para conter a multidão, houve a utilização de um canhão de água com o objetivo de dispersão das pessoas Além disso, os policiais realizaram 16 detenções.

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Ainda, em Cesareia, cidade litorânea, os manifestantes enfrentaram as barreiras policiais para seguir em direção à residência de Netanyahu. Eles entoavam palavras contra o primeiro-ministro e o governo, como “não há perdão para o anjo da destruição”.

Por fim, segundo o Fórum de Reféns e Famílias Desaparecidas, a próxima manifestação está planejada para acontecer nas proximidades do Knesset, o Parlamento de Israel, em Jerusalém.

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Enquanto isso, neste domingo (31), as forças israelenses realizaram bombardeios em Gaza. Segundo o Ministério da Saúde do Hamas, ao menos 75 pessoas morreram nas primeiras horas da manhã.

Esse último ataque levou o total de mortos a atingir a marca de 32.782 desde o início do conflito. Os combates estão concentrados nas áreas próximas aos hospitais, a maioria dos quais está fora de serviço. O Exército israelense alega que membros do Hamas se escondem nessas instalações.

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