
Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelense, instruiu as forças militares a desenvolverem um plano que visasse retirar os civis palestinos de Rafah, no sul de Gaza, e a derrotar os últimos combatentes do Hamas. Contudo, nesta sexta-feira (9), a Organização das Nações Unidas (ONU) se opôs ao plano de evacuação dos civis.
Em resumo, a organização argumenta que Rafah abriga mais da metade dos deslocados internos e que seria inviável realizar uma operação dessa escala.
“Estamos extremamente preocupados com o destino dos civis em Rafah. Nós não apoiaríamos de forma alguma o deslocamento forçado, o que vai contra o direito internacional”, indicou Stephane Dujarric, porta-voz da ONU.
Vale destacar que dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza, mais da metade está abrigada em Rafah. Além disso, muitas dessas pessoas estão confinados próximos à cerca da fronteira com o Egito. Essa população de deslocados vive em condições precárias, morando em tendas improvisadas.
Nesse sentido, o Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários chegou a declarar que a densidade de habitantes em Rafah torna o cenário extremamente desafiador para proteger os civis em situações de ataques terrestres vindos de Israel.
“O congestionamento em Rafah chegou a um ponto onde as rotas normais são bloqueadas por tendas montadas por famílias que procuram qualquer espaço limpo e plano disponível”, acrescentou o porta-voz.
Palestinians risked life & limb to reach Rafah, the last designated safe zone in Gaza.
Now they are being told to leave. Where are they supposed to go?
This is not an “evacuation.” This is ethnic cleansing — and our government is complicit by letting Israel act with impunity.
— Jeremy Corbyn (@jeremycorbyn) February 9, 2024
*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini