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Opositores de Maduro recebem ordem de prisão e extradição

Ambos os opositores estão no exílio e são acusados de receber mais de US$ 1 bilhão em benefícios

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Nicolás Maduro – Crédito: Getty Images

Tarek William Saab, procurador-geral da Venezuela, emitiu uma ordem de prisão e extradição contra opositores de Nicolás Maduro: Leopoldo López e Julio Borges. Ambos os opositores de Maduro estão no exílio e são acusados de receber mais de US$ 1 bilhão em benefícios.

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Durante uma coletiva de imprensa, Saab apresentou um vídeo mostrando o empresário Samark López, atualmente detido por colaboração com o ex-presidente da Petróleos da Venezuela (PDVSA), Tareck El Aissami, implicado em uma rede de corrupção denominada PDVSA-cripto.

No vídeo, o empresário afirma que os dois empreiteiros ligados à rede de corrupção estão conectados a López e Borges. Vale ressaltar que o Ministério Público da Venezuela costuma usar depoimentos em vídeo em casos políticos de grande importância.

Quem são os opositores de Maduro

Em 2014, durante protestos contra o governo de Maduro, Leopoldo López, que é um dos fundadores do partido Primero Justicia, foi detido. Esse momento coincidiu com uma onda de violência que levou a morte de 43 pessoas.

Ele recebeu uma condenação de mais de 13 anos de prisão em 2015 por participar de atividades criminosas. No entanto, a defesa e diversas organizações internacionais contestaram o processo judicial.

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Apesar de se declarar inocente, em 2017, autoridades venezuelanas permitiram que ele cumprisse o restante de sua pena em prisão domiciliar. Já em 2019, ele deixou sua casa durante uma tentativa de insurreição civil-militar liderada por Juan Guaidó.

Posteriormente, refugiou-se na embaixada espanhola em Caracas. Por último, em 2020, mudou-se para Madri, onde reside atualmente.

Enquanto isso, Julio Borges foi coordenador do Partido Primero Justicia. Em 2023, a Procuradoria-Geral da Venezuela emitiu uma ordem de prisão contra ele por suposta traição à pátria, conspiração e envolvimento no levante militar de abril de 2019. Antes disso, Borges já tinha enfrentado dois mandados de prisão.

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Um deles era por corrupção e o outro por supostamente planejar e financiar uma tentativa de assassinato contra Maduro em 2018. Ele recebeu asilo político da Colômbia em 2018 e hoje reside na Espanha.

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