“O Presidente acaba de comprometer a Argentina ao anunciar a adesão ao BRICS“, afirmou a candidata à presidência do ‘Juntos pela Mudança’, Patricia Bullrich. Segundo Patrícia, esta rejeição ao bloco ocorre devido ao conflito da Rússia com a Ucrânia e torna-se mais grave com a entrada do Irã , “um país com o qual a Argentina tem uma ferida profunda aberta devido aos ataques terroristas em nosso território”.
A relação entre Argentina e Irã apresenta atritos desde quando ocorreu um atentado à Associação Mutual Israelita Argentina (Amia) em 1994. 85 pessoas morreram e centenas ficaram feridas. A suposta participação de iranianos no ataque e a falta de cooperação do país nas investigações geraram tensões que duram até os dias de hoje.
Patrícia, que é do PRO, sigla de Mauricio Macri, manifestou sua opinião logo após o presidente Alberto Fernández anunciar a adesão, nesta quinta-feira (24). A ex-ministra da Segurança referiu-se de forma enfática à entrada do país no bloco durante a Conferências de Cidades Latino-Americanas, evento da Câmara Argentina de Comércio e Serviços (CAC). “Expusemos a nossa posição contra a adesão aos BRICS”, enfatizou.
“Queremos propor como preceito fundamental e estratégico que vamos implementar a ordem democrática que as pessoas precisam para ter um futuro”, afirmou a candidata. Além disso, alertou: “Acreditamos que este caos não é uma coincidência. É um modelo e um sistema de escravização de uma sociedade que, a cada dia, depende menos dos seus empregos e das suas possibilidades individuais e da sua liberdade.”
“Acreditamos que o fundamental é criar um capitalismo de regras, um sistema onde todos tenham a possibilidade de crescer”, disse Patrícia, que deu detalhes da sua forma de governar e foi bastante aplaudida: “Meu governo será o governo mais austero da República Argentina”, prometeu. “Hoje como nunca, o Juntos pela Mudança tem uma base territorial de governadores e legisladores, a maior desde o início da democracia, há quarenta anos”, explicou a candidata.
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