O primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, foi baleado ao sair de uma reunião na cidade de Handlová nesta quarta-feira (15). Sua equipe informou que ele está em estado grave, e as autoridades detiveram um suspeito no local.
Segundo a rede de TV TA3, foram disparados quatro tiros, um dos quais atingiu o premiê no abdômen. De acordo com a agência Reuters, o porta-voz do político classificou o incidente como uma “tentativa de assassinato”.
O gabinete de Fico ainda afirmou que ele corre risco de morrer. O primeiro-ministro foi a um hospital da capital de helicóptero e segue internado.
O momento em que o Primeiro-Ministro da Eslováquia, Robert Fico, é transportado às pressas par ao hospital após ter sido atingido por múltiplos disparos. A motivação para o ataque e o estado de saúde do Primeiro-Ministro ainda não são conhecidos. pic.twitter.com/kuNMzGD6MO
— Hoje no Mundo Militar (@hoje_no) May 15, 2024
O site eslovaco Aktualít afirma que poucas pessoas esperavam o primeiro-ministro na rua. Ninguém se manifestava contra o governo, com exceção de um homem que carregava um cartaz nas mãos. Segundo a imprensa local, o atirador teria 71 anos.
A presidente Zuzana Caputová publicou uma nota condenando o ataque, e desejou a Fico uma recuperação rápida.
Similarmente, o primeiro-ministro tcheco Petr Fiala disse que a notícia é um choque, e espera que o premiê se recupere prontamente.
Eslováquia pró-Rússia
Robert Fico chegou ao poder nas eleições gerais de 2023 como o candidato mais votado. Ele defendia uma Eslováquia próxima a Putin e contrária à ajuda da União Europeia na Ucrânia. Ao mesmo tempo, não permite a instalação de bases militares norte-americanas no território da Europa Central.
O primeiro-ministro faz parte do partido nacionalista Direção Social-Democracia (Smer-SSD). A organização critica o liberalismo social. Fico, por exemplo, já condenou o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Ele também é contra a imigração de mulçumanos no país.
Por outro lado, ele implantou algumas medidas trabalhistas na Eslováquia. Suas reformas dão direito ao aviso prévio, estabelecem horas extras e abrem espaço para sindicatos.
***Matéria em atualização