O soldado Antônio Hashitani, de 25 anos, morreu em combate na cidade de Bakhmut, na Ucrânia. A informação foi confirmada pelos familiares. Hashitani estava na guerra contra a Rússia como voluntário de um grupo paramilitar.
O paranaense era estudante de medicina da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), em Curitiba. A instituição lamentou a morte.
“A PUCPR expressa condolências e solidariedade aos familiares e amigos de Antonio Hashitani, estudante de medicina da PUCPR que lutou no exército da Ucrânia e faleceu em combate na região da cidade de Bakhmut, na última quarta-feira (02). Estendemos nossos sentimentos e forças ao povo ucraniano diante do quadro de violência e guerra que enfrentam” diz a nota.
A notícias chegou por meio de um telefonema do Itamaraty nesta segunda-feira (7). Segundo os familiares, a morte dele pode ter ocorrido entre 2 ou 3 de agosto e a embaixada brasileira providenciará o atestado de óbito e o translado do corpo.
O Ministério das Relações Exteriores afirmou que foi comunicado pelas autoridades ucranianas e está em contato com os familiares de Antônio para prestar assistência.
A notícia repercuti nas redes sociais.
Brazilian-born #AntônioHashitani was a medical student at the Pontifical Catholic University of Paraná in Curitiba(where he was born) who went to #Ukraine to fight as a #volunteer. He fought bravely and died in combat in Bakhmut, possibly on August, 3. He will be forever 25 y.o. pic.twitter.com/vtnZtjmNaa
— Julieta Rossi Pedrosa 🇺🇦 (@julieta_pedrosa) August 7, 2023
Antonio Hashitani was the fourth Brazilian who died fighting for Ukraine. He was part of the 204a. RIP pic.twitter.com/Rx7Hs1l8UI
— Patriot_Br 🇧🇷 🇮🇹 🇬🇧 (@Xcorpion_br) August 7, 2023
Brasileiros na guerra
A cidade de Bakhmut sedia uma das frentes mais sangrenta no conflito. Há registros de diversos brasileiros que se voluntariaram para lutar na guerra, em apoio à Ucrânia.
Adilson de Andrade é mais um voluntário e ficou sabendo da morte de Antônio Hashitani por um grupo do WhatsApp formado por soldados brasileiros.
“Infelizmente é uma má notícia. Já é o quarto brasileiro que é morto em combate. Todos os brasileiros aqui estão chocados. Todo mundo triste…Realmente, aqui, é muito perigoso. Todo dia tem mortes aqui de soldados ucranianos, voluntários e inimigos também”, disse em entrevista ao site G1.
“As cidades estão destruídas. Por onde a gente passa, está tudo destruído. Com o pessoal do campo, a gente está na área rural, tudo destruído. As máquinas agrícolas destruídas, galpões destruídos, animais mortos”, completou o soldado.