Nesta quarta-feira (21), os parlamentares israelenses deram seu apoio à posição de Benjamin Netanyahu de rejeitar qualquer reconhecimento “unilateral” de um Estado palestino. Isso ocorre na contramão de crescentes pedidos internacionais para reiniciar as negociações em torno da sua criação.
“O Knesset (Parlamento) se uniu em uma maioria esmagadora contra a tentativa de nos impor o estabelecimento de um Estado palestino, que não só não trará paz, mas colocará em perigo o Estado de Israel”, declarou o primeiro-ministro de Israel.
Enquanto isso, o Ministério das Relações Exteriores da Palestina condenou a votação. Em suma, eles acusaram Israel de reter os direitos do povo palestino, afirmando que “a adesão plena do Estado da Palestina às Nações Unidas e seu reconhecimento por outras nações não requerem a permissão de Netanyahu”.
Vale ressaltar que, desde a assinatura dos Acordos de Oslo nos anos 1990, houve poucos avanços na busca por uma solução de dois Estados, ainda que essa seja a política ocidental predominante na região.
Nesse sentido, em outubro de 2023, com o início da guerra em Gaza, os Estados Unidos buscaram medidas para estabelecer um Estado palestino como parte de um acordo abrangente no Oriente Médio. Além disso, para os norte-americanos, idealmente esse acordo que também envolveria a normalização das relações com Israel por parte da Arábia Saudita e de outros Estados árabes.
PALESTINE IS STARVING
Israel has been shooting at UN convoys carrying food supplies and blocking aid. pic.twitter.com/MCmal09WQc
— Sulaiman Ahmed (@ShaykhSulaiman) February 21, 2024
*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini