Nesta quinta-feira (4), os Estados Unidos afirmaram que mísseis balísticos foram fornecidos pela Coreia do Norte à Rússia com o intuito de ajudar o país na guerra da Ucrânia. As informações, segundo o governo norte-americano, foram tiradas de sigilo.
“Nossas informações indicam que a República Popular Democrática da Coreia forneceu recentemente à Rússia lançadores de mísseis balísticos e vários mísseis balísticos”, declarou o porta-voz de segurança nacional dos EUA, John Kirby.
Ele também apontou que esse envio de armamentos é uma “escalada significativa e preocupante”. Nesse sentido, Kirby ressaltou que os Estados Unidos irão impor sanções adicionais contra países que facilitarem transações de armamentos.
Ainda, ele indicou que os EUA irão discutir esse caso com o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).
Outro ator destacado por Kirby foi o Irã. Segundo o porta-voz, o país não enviou mísseis balísticos de curto alcance à Rússia, mas há a suspeita de que Moscou esteja planejando adquirir sistemas de mísseis da nação iraniana. Um ponto relevante é que tem sido observada uma dependência russa em relação aos drones e demais armamentos provenientes do Irã.
Ainda, vale destacar que recentemente a Rússia realizou alguns de seus ataques mais severos à Ucrânia desde o início do conflito. Na terça-feira (3), Kiev declarou que, desde sexta-feira, a Rússia lançou mais de 300 drones de ataque e diversos tipos de mísseis.
Os mísseis balísticos norte-coreanos utilizados pelos russos são muito mais baratos que os Iskanders.
Por isso os russos poderão utilizar centenas deles para destruir a infraestrutura civil e militar ucraniana.
Os russos também limitaram, por enquanto, os disparos a 460 km. pic.twitter.com/wgnvr2kS5N
— Geopolítica BR (@Geopoliticabras) January 4, 2024