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Suécia oficialmente entra na OTAN; o que muda para o país nórdico?

“Hoje é realmente um dia histórico. A Suécia é um membro da OTAN. Vamos defender a liberdade juntos dos países próximos a nós – tanto na questão geográfica, quanto cultural e de valores”, disse Ulf Kristersson, primeiro-ministro do país

A Suécia tornou-se o 32º membro oficial da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), após aplicar para juntar-se à aliança há dois anos. Sua entrada foi consumada nesta quinta-feira (7), na capital estadunidense, Washington D.C., após o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, apresentar a papelada final.
Primeiro-ministro sueco visita a Hungria, país cujo voto definiu sua entrada na aliança – Créditos: Getty Images

A Suécia tornou-se o 32º membro oficial da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), após aplicar para juntar-se à aliança há dois anos. Sua entrada foi consumada nesta quinta-feira (7), na capital estadunidense, Washington D.C., após o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, apresentar a papelada final. Ao receber a documentação, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, celebrou: “Coisas boas acontecem com quem espera”.

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“Hoje é realmente um dia histórico. A Suécia é um membro da OTAN. Vamos defender a liberdade juntos dos países próximos a nós – tanto na questão geográfica, quanto cultural e de valores”, disse Kristersson.

Além da Suécia, sua vizinha Finlândia também é uma nova adição à aliança. Ambas nações nórdicas solicitaram a entrada após a invasão da Rússia à Ucrânia, em fevereiro de 2022, pois temiam por suas seguranças nacionais. “Os suecos perceberam algo muito profundo: se Putin estava disposto a apagar um vizinho do mapa, ele não vai parar por aí”, disse Blinken.

Com estes movimentos, Suécia e Finlândia podem sentir-se mais protegidos, visto que o artigo 5º das regras da OTAN garante que se um país-membro da aliança sofrer um ataque, será considerado um ataque a todas as nações que pertencem ao acordo. Além disso, a OTAN, por meio da Finlândia, ganha 1.340 km de fronteira com seu maior opositor, a Rússia. Do lado sueco, o país oferece aparatos e veículos militares avançados, que são vendidos para países ao redor do mundo. A nação produz desde jatos de primeira linha, como o Saab JAS 39 Gripen, até rifles avançados, passando por tanques e mísseis antimarítimos.

Por outro lado, a porta-voz do Ministério de Relações Internacionais da Rússia, Maria Zakharova, disse que “monitorará de perto o que a Suécia fará no bloco militar agressivo, como irá implementar sua filiação em prática”. “Baseado nisso, desenvolveremos nossa resposta, assim como os próximos passos técnicos e militares, para interromper as ameaças à segurança nacional russa, completou.

A filiação da Suécia à OTAN põe um fim a uma política de neutralidade militar de cerca de 200 anos. Ao fim da Segunda Guerra Mundial, o país ficou conhecido como um exemplo de direitos humanos. Desde 1991, ano da queda da União Soviética, diversos primeiros-ministros cortaram o gasto público dos programas militares. Ainda em 2021, os suecos chegaram a negar qualquer esforço para juntarem-se à OTAN.

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