A tripulação do submersível Titan, que no ano passado implodiu durante uma expedição aos destroços do Titanic, provavelmente sofreu avassalador “terror e angústia mental” em seus momentos finais de vida, pois “estavam bem cientes de que iriam morrer“, alega um novo processo.
Na última terça-feira, 6, a família do explorador francês Paul-Henri Nargeolet entrou com uma ação contra a OceanGate acusando a empresa de negligência grave, dada a “história conturbada” do submersível “condenado“. Por isso, a família de Nargeolet pede uma indenização de 50 milhões de dólares (cerca de R$ 280 milhões).
As acusações ao Titan
Segundo o processo, conforme repercute o NY Post, o submersível “deixou cair pesos” apenas 90 minutos após o início do mergulho, indicando que a tripulação havia abortado ou tentado abortar o mergulho no início. A medida seria feita para deixar o Titan mais leve e fazê-lo emergir.
“Embora a causa exata da falha nunca possa ser determinada, os especialistas concordam que a tripulação do Titan teria percebido exatamente o que estava acontecendo“, acusam os documentos judiciais.
“O senso comum dita que a tripulação estava bem ciente de que iria morrer, antes de morrer”, continua a acusação, segundo relata o The Independent.
O processo ainda especula sobre os terríveis momentos finais que Nargeolet e os outros tripulantes vivenciaram após perceberem seu destino iminente. “A tripulação pode muito bem ter ouvido o ruído crepitante da fibra de carbono ficando mais intenso conforme o peso da água pressionava o casco do Titan. A tripulação perdeu comunicações e talvez energia também“.
“Segundo os cálculos dos especialistas, eles continuaram descendo, com pleno conhecimento das falhas irreversíveis da embarcação, sentindo terror e angústia mental antes do Titan finalmente implodir”, acusa o processo.
*Matéria originalmente publicada por Aventuras na História