REEXAME DA ASSISTÊNCIA

União Europeia volta atrás em decisão de suspender ajuda financeira a palestinos

Vale acrescentar ainda que a União Europeia é, atualmente, um dos maiores fornecedores de ajuda financeira do território da Palestina

(Crédito: Getty Images)

Na última segunda-feira, 9, em meio ao recente conflito travado entre Israel e palestinos do Hamas na Faixa de Gaza, a União Europeia anunciou que suspenderia qualquer ajuda financeira a projetos de desenvolvimento da Palestina. No entanto, apenas algumas horas depois, o grupo voltou atrás na decisão, alegando que apenas se limitariam a reexaminar pagamentos, para evitar má-utilização de valores.

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A decisão da Comissão Europeia de suspender pagamentos foi divulgada pelo húngaro Oliver Varhelyi, comissário para Ampliação e Política de Vizinhança da UE, que alegou que os pagamentos para programas de desenvolvimento na Palestina seriam “imediatamente suspensos” após os ataques do Hamas a Israel.

Agora, porém, o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, publicou no X (antigo Twitter) que o “reexame da assistência da UE à Palestina anunciada pela Comissão Europeia não suspenderá os pagamentos devidos”, e acrescenta que “a suspensão dos pagamentos — punindo todo o povo palestino — teria prejudicado os interesses da UE na região e apenas teria encorajado ainda mais os terroristas.”

Vale acrescentar ainda que a União Europeia é, atualmente, um dos maiores fornecedores de ajuda financeira do território da Palestina, de acordo com o UOL, tendo planejado redirecionar, somente entre 2021 e 2024, cerca de 1,2 bilhão de euros à região, especialmente às áreas de saúde, educação, desenvolvimento e assistência humanitária.

Diferentes posicionamentos

A reviravolta de decisões em nome da UE se deu após alguns de seus países membros, como Irlanda, Bélgica, Luxemburgo, Espanha e Portugal, manifestarem surpresa e até mesmo oposição ao anúncio do húngaro Oliver Varhelyi, que pareceu ter sido anunciada de maneira unilateral.

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“O nosso entendimento é que não existe base jurídica para uma decisão unilateral deste tipo por parte de um comissário individual e não apoiamos a suspensão da ajuda, afirmou um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Irlanda.

Além da Irlanda, o governo holandês também expressou que não vem cogitando suspender seus repasses financeiros aos palestinos. Já Alemanha e Áustria anunciaram suspensão.

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