COBERTURA NEGATIVA

Veja a reação da imprensa britânica à série Harry & Meghan

Duque e duquesa de Sussex fizeram duras críticas ao tratamento dado a Meghan pela mídia do país.

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(Crédito: Reprodução)

A imprensa britânica reagiu com fúria após o lançamento da série documental da Netflix sobre o príncipe Harry e Meghan Markle. Durante os episódios, o casal expõe os ataques que sofreram durante os anos na família real e faz duras críticas ao que chamam de “jogo sujo” dos jornais, sobre tudo os tabloides.

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Os tabloides foram justamente os mais agressivos na resposta, alguns endossando um movimento para que Harry e Meghan percam os títulos de duque e duquesa de Sussex. Eles seguem usando os títulos apesar de todas as críticas ao sistema com o qual romperam em 2020 ao se mudarem para os Estado Unidos, no que ficou conhecido como Megxit, referência ao Brexit.

Segundo o jornal “Daily Mail”, o Palácio viu o programa como um “ataque ao legado da rainha” e “tentativa de derrubar a monarquia”. Fontes ouvidas pelo jornal, corroborando a crítica feita por Harry e Meghan sobre o relacionamento próximo entre o Palácio de Buckingham e os chamados correspondentes reais, recriminaram a alusão ao Império 2.0 feita pelos Sussex.

Na capa, o  jornal escalou seus melhores colunistas reais, comentando a série da Netflix. O “Daily Mail” pertence a um conglomerado de mídia comandado por Jonathan Harmsworth, o 4º Visconde de Rothermere, herdeiro de uma dinastia de nobres que fundou a publicação em 1896, no auge do Império Britânico.

Já o “Daily Mirror” escreveu: “Pare com esse circo real”. O jornal acusa o casal de “reiniciar a guerra da realeza” enquanto o povo vive uma crise de custo de vida. Demonstrando a proximidade com fontes do Palácio, o tabloide diz que o príncipe William estava “totalmente furioso” com as alegações de maus tratos, descrevendo a briga entre os irmãos como “indecorosa”.

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O “Daily Express” ilustrou a capa com uma foto do rei Charles com fisionomia triste, que obviamente não foi feita após o programa. E se referiu, como vários outros, ao curto período transcorrido desde a morte da rainha Elizabeth II e à crise do custo de vida que assola o país – e que até onde se sabe a monarquia oficial não está fazendo nada de concreto para atenuar.

O “The Sun” usou em sua manchete a frase “Harry the Nasty” (“Harry, o desagradável”), uma referência à capa do jornal que noticiou o príncipe Harry usando um uniforme nazista em uma festa à fantasia, cujo título era “Harry the Nazi”.

Do mesmo grupo editorial do “The Sun”, o “The Times” se concentrou em uma das controvérsias em torno do documentário: se o Palácio de Buckingham teria sido abordado para comentar a série antes de ir ao ar, como está nos créditos iniciais da série da Netflix. Assim como outros, o jornal cita uma fonte do Palácio, que confirmou o recebimento de uma abordagem de uma produtora independente, não respondida porque supostamente a autenticidade do pedido não pôde ser verificada.

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Outro grande jornal, o “Guardian”, que não morre de amores pela monarquia e não tende a embarcar na defesa apaixonada feita por outros jornais do país, deu três estrelas à série, considerada pela crítica de TV Lucy Mangan “um frenesi renovado, mas a história permanece a mesma”. Ela diz que para a família real pode ser doloroso, mas “para o restante de nós é apenas entretenimento”.

Por último, o jornal “Metro”, distribuído gratuitamente no transporte público, destaca a fala do príncipe Harry de que os membros da família real não se casam por amor e sim por conveniência. O jornal sugere que seria uma referência ao pai, o rei Charles, e ao irmão, William.

 

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