prisão preventiva

Venezuela solicita inclusão de Milei na lista vermelha da Interpol

O pedido também inclui a irmã e secretária-geral do presidente argentino, Karina Milei, e a ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich

O procurador-geral do Ministério Público da Venezuela solicitou a inclusão de Javier Milei na lista vermelha de procurados da Interpol.
Confiança dos argentinos despenca três meses após posse de Milei – Crédito: Getty Images

Tarek William Saab, procurador-geral do Ministério Público da Venezuela, anunciou nesta terça-feira (24), durante coletiva de imprensa, que solicitou a inclusão do presidente argentino, Javier Milei, na lista vermelha de procurados da Interpol. O pedido também inclui a irmã e secretária-geral de Milei, Karina Milei, e a ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich.

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Os alertas vermelhos são ferramentas utilizadas pela Interpol para solicitar às polícias de todo o mundo a localização e prisão preventiva de pessoas em busca internacional, a pedido dos países membros da organização. O documento que formaliza a solicitação foi exibido por Saab durante a coletiva.

A inclusão de Javier Milei e seus aliados na lista de procurados da Interpol está relacionada ao “roubo agravado” de um Boeing 747 da empresa estatal venezuelana Emtrasur. A aeronave, que estava retida no aeroporto de Ezeiza, em Buenos Aires, foi entregue aos Estados Unidos, gerando acusações de “roubo descarado” por parte da Venezuela.

O que aconteceu com o Boeing 747 citado pela Venezuela?

A aeronave Boeing 747 da Emtrasur ficou quase dois anos retida na Argentina e foi alvo de sanções dos Estados Unidos, sob alegação de ter ligações com a Força Quds da Guarda Revolucionária Iraniana. Eventualmente, o avião foi levado aos EUA, onde acabou sendo destruído, intensificando as tensões diplomáticas entre Venezuela, Argentina e Estados Unidos.

No mesmo dia em que o pedido à Interpol foi enviado, a Justiça venezuelana emitiu mandados de prisão contra Javier Milei, Karina Milei e Patricia Bullrich. Em reação, a Justiça Federal Argentina ordenou a prisão imediata do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e do ministro do Interior, Justiça e Paz, Diosdado Cabello, por crimes contra a humanidade.

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A disputa diplomática escalou após a denúncia formalizada no ano passado por familiares de vítimas, com apoio da Fundação Clooney para a Justiça e do Fórum Argentino para a Defesa da Democracia (FADD). Além disso, o governo Milei solicitou ao Tribunal Penal Internacional (TPI) a emissão de ordens de prisão contra Maduro e outros membros do governo venezuelano.

 

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