oriente médio

Presidente do Irã diz que Hezbollah “não pode lutar sozinho” contra Israel

Líbano foi alvo de ataque aéreo mais sangrento desde 2006 nesta segunda-feira (23); ofensivas deixaram mais de 500 mortos de acordo com autoridades locais

irã
Créditos: Reprodução/Getty Images

O presidente do Irã Masoud Pezeshkian disse nesta terça-feira (24) que o grupo libanês Hezbollah não pode “lutar sozinho” contra Israel. O país aliado sofreu seu pior ataque desde 2006. Autoridades reportaram que as ofensivas aéreas deixaram mais de 550 mortos, incuindo 35 crianças.

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“Hezbollah não pode lutar sozinho contra um país que está sendo defendido, apoiado e abastecido por países ocidentais, países europeus e pelos Estados Unidos”, afirmou Pezeshkian em uma entrevista à CNN. O político também fez um apelo para que a comunidade internacional não deixe o Líbano “virar uma Faixa de Gaza”.

As Forças Militares de Israel comunicaram que atingiram pelo menos 1,600 alvos do Hezbollah nesta segunda-feira, eliminando uma grande quantidade de integrantes do grupo.

O Irã defende que o Conselho de Segurança das Nações Unidas se mobilize imediatamente contra a escalada do conflito. “O Irã não ficará indiferente”, escreveu o ministro de Relações Exteriores Abbas Araghchi em uma postagem no X. “Estamos com o povo do Líbano e da Palestina”.

Irã reage a Líbano como novo foco de Israel

O exército israelense mudou sua estratégia de guerra: seu principal alvo se tornou o grupo extremista Hezbollah, localizado no Líbano. Na semana passada, em um ataque organizado, pagers e walkie-talkies utilizados pelos integrantes da corrente explodiram no país. Quase 3000 pessoas ficaram feridas, e 39 faleceram. O governo iraniano culpou Israel pelas explosões.

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O presidente Pezeshkian, durante sua estadia em Nova York para a Assembleia Geral da ONU, afirmou a jornalistas que Israel prioriza uma política de guerra. “Sabemos melhor do que ninguém que, se uma grande guerra acontecer no Oriente Médio, ela não vai beneficiar ninguém globalmente. Somente Israel procurar criar esse conflito intenso”. 

Para completar, enfatizou que o Irã nunca começou uma guerra nos últimos 100 anos, e que não estava buscando criar insegurança. Entretanto, insistiu que o país “nunca vai deixar outra nação nos forçar dentro de algo e ameaçar nossa segurança e integridade territorial”.

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