A Polícia Federal divulgou que encontrou documentos pessoais das vítimas do barco encontrado à deriva no Pará. De acordo com os objetos encontrados, os viajantes eram de Mauritânia e Mali, países do continente africano. Entretanto, a PF não descarta o possível envolvimento de outras nacionalidades.
O resgate aconteceu da manhã do último sábado até a noite de domingo. A Marinha mandou uma embarcação, e os bombeiros participaram com um bote.
Mais informações sobre o barco
Oito corpos estavam dentro da embarcação, e um nono foi localizado próximo a ela. Alguns já haviam entrado em estado de decomposição.
A Marinha confirmou que a embarcação foi fabricada com fibras de vidro. Com cerca de 13 metros de comprimento, não apresentou sinais de danos. Isso significa que o barco não deve ter passado por algum tipo de acidente ou naufrágio.
A estrutura foi encontrada sem motores, lemes ou sistemas de direção, o que dificulta sua identificação. O capitão dos Portos da Amazônia Oriental, Ewerton Calfa, descreveu o barco como “artesanal” ao canal Rede Liberal.
A embarcação foi encontrada na região do Salgado, no nordeste do Pará. Após ser retirada do rio, foi encaminhada para perícia no Instituto Médico Legal.
A Polícia Federal, junto com a Polícia Científica do Pará, está encarregada da identificação dos corpos. A partir de protocoles de identificação de vítimas de desastres da Interpol (DVI), os agentes tem como objetivo apurar a origem dos passageiros, a causa da sua morte e o momento do óbito.
Até agora, as autoridades ainda não sabem a identidade das vítimas nem a origem do barco. O Instituto Nacional de Criminalística (INC) e o Instituto Nacional de Identificação (INI) realizarão exames médico-legais para reconhecer as vítimas.