O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou, nesta segunda-feira (21) que “qualquer compromisso que for acordado com a Rússia vai demandar um referendo – uma consulta popular”. A informação foi publicada em uma empresa de radiofusão da Ucrânia.
“O povo terá que se manifestar e responder a qualquer forma de acordo. E como eles (acordos) serão formulados será assunto de nossas conversas e entendimento entre a Ucrânia e a Rússia“, disse ele em entrevista divulgada pela emissora pública ucraniana Suspilne.
As questões que poderiam ser levantadas em qualquer referendo poderiam dizer respeito aos territórios ocupados pelas forças da Rússia incluindo a Crimeia, e as garantias de segurança oferecidas à Ucrânia por outros países em vez da adesão do país à Otan, afirmou Zelensky.
Tradução do post do governo da Ucrânia no Twitter: ”Nós ganharemos, haverá novas cidades, haverá novos sonhos, haverá uma nova história haverá, não há dúvida e aqueles que perdemos serão lembrados e vamos cantar de novo, e vamos celebrar de novo.”
we will win
— Ukraine / Україна (@Ukraine) March 20, 2022
there will be new cities
there will be new dreams
there will be a new story
there will be, there’s no doubt
and those we've lost will be remembered
and we will sing again, and we will celebrate anew
????????President @ZelenskyyUa pic.twitter.com/fb7sIxAXAM
Entenda a invasão da Rússia na Ucrânia
O presidente Vladimir Putin ordenou uma invasão na Ucrânia, na quinta-feira (24). Desde então, o exército russo faz ofensivas por terra, ar e mar contra pontos estratégicos ucranianos, incluindo a capital Kiev e Kharkiv, segunda maior cidade do país.
Militares russos também conquistam terreno no sul da Ucrânia. Pelo menos uma cidade portuária, Kherson, já foi tomada por eles.
Um dos fatores que desencadeou o conflito foi a possibilidade da Ucrânia entrar na OTAN, aliança militar do Ocidente. Uma das demandas da Rússia nas negociações sobre a guerra é que a Ucrânia se comprometa a nunca entrar na OTAN e na União Europeia. Moscou também exige que Kiev reconheça a independência das regiões separatistas de Donetsk e Luhansk, no leste ucraniano, e que a Crimeia faz parte da Rússia.
Putin argumenta que está realizando uma “operação especial” para proteger os russos que vivem em território ucraniano. Ao mesmo tempo, Putin também diz que a Ucrânia está sob controle estrangeiro e que não merece ser um país independente.