alta rejeição

⁠Dois anos depois, 86% dos brasileiros reprovam atos de 8 de janeiro, aponta Quaest

Uma pesquisa revelou que 86% dos brasileiros ainda reprovam os atos de invasão às sedes dos Três Poderes ocorridos em 8 de janeiro de 2023.
Atos de invasão às sedes dos Três Poderes ocorridos no dia 8 de janeiro de 2023 – Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Uma pesquisa divulgada pela Quaest nesta segunda-feira (6) revelou que 86% dos brasileiros ainda reprovam os atos de invasão às sedes dos Três Poderes ocorridos no dia 8 de janeiro de 2023. Apesar da alta rejeição, o índice caiu de 94% registrado em fevereiro daquele ano para 86% atualmente.

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Qual foi a influência de Bolsonaro nos atos?

O levantamento aponta que metade dos eleitores acredita que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teve algum tipo de influência nos atos golpistas. Entre os entrevistados, 50% responderam que sim, enquanto 39% negaram qualquer envolvimento. Em fevereiro de 2023, o percentual de pessoas que viam Bolsonaro como influente nos ataques era de 51%.

A percepção sobre sua participação direta também mudou: 48% dos brasileiros acreditam que ele participou do plano de tentativa de golpe, contra 34% que rejeitam essa ideia. Segundo o diretor da Quaest, Felipe Nunes, ao site UOL, “o fato mais contundente capaz de provocar essa mudança foi a deflagração dos documentos e evidências em torno da tentativa de golpe de Estado”.

Reprovação em todas as regiões

A pesquisa apontou que a desaprovação aos ataques golpistas é de pelo menos 85% em todas as regiões do Brasil. O índice é de 87% no Nordeste, 86% no Sudeste e Centro-Oeste/Norte e 85% no Sul. Além disso, a rejeição aos atos ultrapassa 84% em todas as faixas etárias.

Entre os eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o índice de reprovação aos atos caiu de 97% em fevereiro de 2023 para 88% agora. Já entre os eleitores de Bolsonaro, o número manteve-se em 85%, o mesmo registrado em dezembro de 2023.

Felipe Nunes destacou uma moderação no comportamento dos eleitores de ambos os lados. “Os eleitores moderados de Lula, que enxergam algum exagero nas acusações que Bolsonaro vem sofrendo, tendem a relativizar suas posições. Ao mesmo tempo, os eleitores moderados de Bolsonaro, que enxergaram como graves as acusações contra o ex-presidente, tendem a ficar mais severos na avaliação sobre seus atos, para não se sentirem cúmplices de algo que acreditam ser errado”, afirmou.

Em novembro, Jair Bolsonaro e outras 39 pessoas foram indiciados pela Polícia Federal. A investigação apontou indícios de crimes de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. O ex-presidente tornou-se o primeiro chefe de Estado eleito no período democrático a ser acusado formalmente de tramar contra a democracia.

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