investigação

Advogado de Bolsonaro muda três vezes sua versão sobre compra de Rolex

Há menos de uma semana, o jurista se tornou alvo da operação sobre joias deflagrada pela Polícia Federal (PF)

O advogado de Jair Bolsonaro, Frederick Wassef, apresentou três versões distintas a respeito da venda e compra ilegal de um relógio Rolex.
Inicialmente, o advogado se manifestou por meio de nota no último domingo (13), dizendo que nunca vendeu nenhuma joia, ofereceu ou teve posse. (Crédito: Pedro França/Agência Senado)

O advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Frederick Wassef, apresentou três versões distintas a respeito da venda e compra ilegal de um relógio Rolex, que o ex-gestor federal recebeu como presente durante viagem à Arábia Saudita. Há menos de uma semana, o jurista se tornou alvo da operação sobre joias deflagrada pela Polícia Federal (PF).

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A investigação indicava que Wassef teria vendido o item de luxo nos Estados Unidos em 2022 e, em seguida, já em 2023, recomprado por temer que o Tribunal de Contas da União (TCU) determinasse a devolução do relógio. As informações são do portal g1.

Inicialmente, o advogado se manifestou por meio de nota no último domingo (13), dizendo que nunca vendeu nenhuma joia, ofereceu ou teve posse. “Nunca participei de nenhuma tratativa, e nem auxiliei nenhuma venda, nem de forma direta ou indireta. Jamais participei ou ajudei de qualquer forma qualquer pessoa a realizar nenhuma negociação ou venda“, escreveu.

Já na segunda-feira (14), foi divulgado que o nome de Wassef constava no recibo da compra do Rolex. No dia seguinte, ele assumiu ter efetuado a recompra. “Usei do meu dinheiro para pagar o relógio. O meu objetivo, quando comprei o relógio, era cumprir decisão do Tribunal de Contas da União“, afirmou em entrevista coletiva na terça-feira (15).

Faturamento de R$ 1 milhão

A Polícia Federal investiga a venda de joias concretizada por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. O faturamento, segundo estimativa da PF, com tais negócios pode ter chegado, ao menos, em R$ 1 milhão.

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O caso está sendo investigado pela corporação porque estes bens eram dados de presente ao governo brasileiro em missão oficial. Ou seja, todos os itens pertenciam ao patrimônio público. A PF deflagrou operação nesta sexta-feira (11) para obter provas sobre o caso e voltou a atenção ao general Mauro Cesar Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, e ao advogado Frederick Wassef.

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