Fabio Wajngarten, advogado de Jair Bolsonaro (PL), quer explicar cara a cara ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), por que o ex-presidente passou dois dias na embaixada da Hungria após ser alvo da Polícia Federal, em fevereiro.
“Vou tentar despachar a petição pessoalmente com o gabinete do ministro Alexandre ou com o próprio ministro para que fique absolutamente esclarecido o ocorrido e não paire nenhuma dúvida”, disse o advogado à rede CNN.
A defesa do ex-presidente Bolsonaro tem até esta quarta-feira (27) para apresentar as explicações que, em tese, poderiam ser protocoladas via sistema. Ou seja, sem contato pessoal.
Wajngarten está em deslocamento de São Paulo para Brasília nesta manhã de quarta, já com os argumentos em mãos.
O advogado alega que Bolsonaro não tentou fugir do Brasil. Afirma, por outro lado, que o ex-presidente teria sido convidado por Miklos Halmai, o embaixador da Hungria, para tratar de assuntos entre os dois países.
O jornal norte-americano The New York Times (NYT) informou que as imagens do circuito interno da embaixada mostram que Bolsonaro chegou ao local na noite de segunda-feira, 12 de fevereiro, e foi embora na tarde de quarta-feira, 14 de fevereiro.
O NYT sugere que Bolsonaro, alvo de investigações criminais, tentou fugir da justiça já que o ex-presidente não poderia ser preso em uma embaixada estrangeira que o acolheu, porque está legalmente fora do alcance das autoridades nacionais.
A PF vai apurar as circunstâncias da hospedagem de Jair Bolsonaro na Embaixada da Hungria, em Brasília, entre os dias 12 e 14 de fevereiro. Já o Itamaraty convocou o embaixador da Hungria no Brasil, Miklós Halmai, para prestar esclarecimentos.
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— Agência Brasil (@agenciabrasil) March 26, 2024