Uma pesquisa feita pela agência de consultoria Action Relgov a pedido da FPE (Frente Parlamentar do Empreendedorismo) fez a previsão de que apenas 12 partidos devem ter representantes na Câmara dos Deputados em 2023, o que levaria o congresso de volta para a diversidade que tinha em 1986.
Atualmente, a Câmara dos Deputados contêm 30 partidos representados por parlamentares, número recorde na história do país. Essa diversidade vem crescendo desde 2002, quando foram 19 os partidos com representantes eleitos, e aumentou a cada eleição.
Segundo a pesquisa, partidos como o PT, PP, PL, Republicanos e PSD são os que tem mais chances de conquistar vagas no Congresso e aparecer entre os poucos representados. Para João Hummel, o autor do estudo, isso se deve a dificuldade de alguns partidos em compreender o novo cenário a política nacional.
Além do fator apontado por Hummel, essa redução também é consequência das novas regras da cláusula de desempenho, que incentiva a fusão de siglas.
Desde a aprovação da nova cláusula em 2017, 3 casos de fusões já foram aprovados pelo TSE. O Partido Pátria Livre (PPL) se fundiu ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB), o Partido Humanista e Solidariedade (PHS) se uniu ao Podemos e o Democratas (DEM) e Partido Social Liberal (PSL) se fundiram para formar o União Brasil.