INSTITUIÇÃO CENTENÁRIA

Associação Brasileira de Imprensa celebra 115 anos

No passado, a instituição era mais ativa em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília; hoje, ela possui representantes de todo o Brasil.

Associação Brasileira de Imprensa celebra 115 anos
A Associação Brasileira de Imprensa chega aos 115 anos com o principal desafio de recuperar o prestígio do passado (Crédito Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)

A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) comemora seus 115 anos de existência nesta sexta-feira (07). Durante sua mais que centenária história, a entidade participou de debates centrais na política nacional.

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O edifício-sede, no Rio de Janeiro, foi frequentado por intelectuais de diferentes posições partidárias e ideológicas. E, em razão disto, a Associação Brasileira de Imprensa teve em seus quadros tenazes defensores da liberdade de imprensa, e também aqueles que flertavam com governos autoritários.

A ABI chega a 2023 com o desafio de atrair um número maior de jornalistas, em especial os jovens. Pesquisa interna da associação em 2022 mostrou que 89% dos membros tinham mais de 55 anos. “Nós estamos nesse processo de expandir associados, principalmente jovens que, de alguma forma, não participaram dessa história da ABI no Brasil. Esse é nosso maior interesse agora, a renovação”, explicou Vitor Iório, coordenador da Comissão de Educação.

“A entidade, devido a essa expansão das novas tecnologias, está se tornando verdadeiramente nacional. Antes, ela ficava mais restrita ao Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília. Mas hoje nós temos associados e conselheiros e participantes de norte a sul e de leste a oeste do Brasil”, acrescentou.

Apesar da abrangência, o número de membros apresentou uma queda histórica vertiginosa. Outra pesquisa, desta vez acadêmica, a doutora em Comunicação em Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Hérica Lene, indicou que eram 3.880 associados em 1940. Em 2013, cerca de 8.300. Dez anos depois, o número está em torno de 700.

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O jornalista Octávio Costa foi eleito presidente em 2022, com a vice Regina Pimenta. Ele garante que a entidade vai participar ativamente dos principais debates que envolvem o setor de comunicação. A meta é retomar o prestígio de outros tempos. Costa listou como principais preocupações a volta da exigência do diploma de jornalista, a valorização da carteira de trabalho no lugar das contratações pelo regime de pessoa jurídica, o enfrentamento do assédio contra a imprensa e a regulamentação das grandes plataformas digitais.

 “Nós estamos em um grupo de trabalho do Ministério da Justiça que trata de violência contra jornalistas. Em um outro grupo no Ministério Público Federal que trata da questão de assédio judicial contra jornalistas, que são os processos em cascata por crime de opinião. E dentro da Advocacia-Geral da União foi criada uma Procuradoria Nacional de Defesa da Democracia. A ABI está participando nesse grupo também. Ou seja, a ABI está envolvida com todas as grandes questões que envolvem a comunicação no Brasil”, disse.

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