segurança das mulheres

Comissão aprova projeto que aumenta pena de feminicídio para até 40 anos

A proposta será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara; texto será analisado pelo Plenário se for aprovado

feminicídio
Comissão da Câmara dos deputados aprova projeto que aumenta pena de feminicídio para até 40 anos – Créditos: Reprodução/Agência Câmara

A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados aprovou um projeto que classifica o feminicídio como um crime autônomo, aumentando a pena de 12 a 30 anos para 20 a 40 anos de reclusão, sem a necessidade de qualificação adicional para a imposição de penas mais severas (PL 4266/23).

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O projeto, oriundo do Senado, modifica o Código Penal, a Lei das Contravenções Penais, a Lei de Execução Penal, a Lei dos Crimes Hediondos e a Lei Maria da Penha.

Conforme a legislação atual, o feminicídio é considerado um tipo de homicídio qualificado. Atualmente, o assassinato de uma mulher motivado pela sua condição de gênero é um fator que contribui para o aumento da pena.

Outras medidas para prevenir o feminicídio

A proposta prevê outras medidas para prevenir e coibir a violência contra a mulher. Por exemplo, as penalidades para casos de lesão corporal contra mulheres, crimes contra a honra ou ameaças, e o não cumprimento de medidas protetivas são aumentadas. Além disso, durante as saídas temporárias da prisão, o condenado por crimes contra mulheres deve utilizar tornozeleira eletrônica; e, por fim, o condenado é privado do direito a visitas conjugais.

Após a sentença ser proclamada, o agressor é destituído do poder familiar, da tutela ou da curatela. Fica também impedido de ser nomeado, designado ou diplomado para qualquer cargo, função pública ou mandato eletivo desde a condenação transitada em julgado até a completa execução da pena.

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Além disso, o texto estabelece que o cumprimento mínimo de 55% da pena por feminicídio é necessário para a progressão de regime, em comparação com o percentual atual de 50%.

Para a relatora, deputada Delegada Katarina (PSD-SE), os números atuais de violência contra as mulheres evidenciam a necessidade de tomar medidas mais severas e eficazes para combater a violência contra as mulheres.

O feminicídio, segundo a parlamentar, é o resultado final de uma série de atos anteriores cujo objetivo é lesionar ou subjugar a mulher. Por isso, ela considera crucial agravar as penas dos crimes considerados “precursores do crime de feminicídio”.

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Próximos passos

OO projeto foi aprovado pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, com modificações no texto original. A proposta será agora examinada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara. Se for aprovada, avançará para a análise do Plenário.

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