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Como foi o debate entre candidatos à prefeitura de São Paulo?

Políticos se encontraram na manhã desta segunda-feira (30); Nunes e Boulos foram principais alvos de questionamentos de adversários

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Créditos: Imagem/UOL

Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL), líderes nas pesquisas de intenção de voto para a Prefeitura de São Paulo, foram duramente atacados pelos adversários Pablo Marçal (PRTB) e Tabata Amaral (PSB) durante o debate Folha/UOL, nesta segunda-feira (30). O evento foi marcado por discussões sobre corrupção, religião e a participação das mulheres, deixando as propostas em segundo plano, embora também tenham sido mencionadas.

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Este foi o primeiro debate da campanha de São Paulo deste ano com o formato de banco de tempo, no qual cada candidato administra a duração das falas dentro de um limite estabelecido de 20 minutos. O modelo foi elogiado pelos participantes pela possibilidade de interação mais dinâmica.

Quais foram as principais acusações?

Nunes foi o primeiro a finalizar seu tempo, sendo criticado por Marçal, que afirmou que o prefeito não consegue gerir seu tempo adequadamente. Em um clima mais ameno comparado a debates anteriores, que tiveram confrontos físicos, as discussões verbais se mantiveram acirradas, mas sem ameaças físicas.

Em resposta às insinuações de Marçal sobre uso de drogas, Boulos revelou que foi internado por depressão crônica aos 19 anos. Ele negou uso de cocaína e afirmou que provou maconha uma vez na juventude, sem repetir a experiência devido a uma forte dor de cabeça. Boulos acusou Marçal de disseminar fake news e mentiras, destacando uma reportagem da Folha que desmascarava uma acusação infundada contra ele.

Como o debate tratou a questão da Covid-19?

Outro ponto de confronto foi a postura de Nunes contra o passaporte vacinal para a Covid-19. Tabata Amaral criticou Nunes e Boulos por supostamente mudarem de posição por interesse eleitoral. Boulos acusou Nunes de ser negacionista tanto da saúde quanto da crise climática, lembrando do apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro ao emedebista.

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Religião e voto feminino: outros temas polêmicos do debate

A religião foi outro tópico quente, com Marçal desafiando Nunes a demonstrar conhecimento bíblico e criticando o uso instrumental da fé nas campanhas. Tabata reclamou desse uso e afirmou que ninguém ganha ao instrumentalizar a religião. Boulos também disse não ver sentido em discutir quem é mais cristão.

Tabata foi a única mulher no debate e se destacou ao falar sobre a subestimação das mulheres na política. Marçal, inicialmente elogiando sua inteligência, também a atacou, dizendo que ela se comporta como “a tia do colégio” e carece de experiência de vida. A conversa evoluiu para uma discussão sobre voto feminino, com Marçal afirmando que mulheres não votam em mulheres porque são inteligentes. Tabata contrapôs, destacando a rejeição crescente a Marçal.

Que acusações sobre corrupção foram levantadas?

Nunes e Boulos discutiram intensamente sobre acusações de corrupção. Boulos mencionou investigações envolvendo a máfia das creches e obras emergenciais na gestão de Nunes, citando favorecimentos a conhecidos do prefeito. Nunes rebateu, mantendo sua postura de tolerância zero a desvios e mencionando a defesa de Boulos na denúncia de rachadinha contra André Janones.

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Em outra frente, Marçal e Boulos questionaram Nunes sobre um boletim de ocorrência registrado por sua esposa em 2011, acusando-o de violência doméstica, o que Nunes negou veementemente.

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