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Datafolha: para 52% dos brasileiros, Bolsonaro tentou dar golpe em 2022

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Metade dos brasileiros acredita que Bolsonaro tentou dar um golpe para se manter no poder, segundo Datafolha -Créditos: depositphotos.com / celsopupo

Nos últimos anos, o cenário político brasileiro tem sido marcado por uma divisão acentuada entre os apoiadores de diferentes figuras políticas. Um dos tópicos mais debatidos é a suposta tentativa de golpe realizada por Jair Bolsonaro em 2022, após ser derrotado nas eleições presidenciais. Segundo uma pesquisa do Datafolha divulgada nesta quarta-feira (18), 52% dos brasileiros acreditam que houve essa intenção, enquanto 39% discordam e 7% permanecem indecisos.

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A pesquisa, realizada nos dias 12 e 13 de dezembro com 2.002 eleitores, mostra uma opinião pública ainda dividida. O resultado é similar ao registrado em março deste ano, com apenas uma pequena variação no número de pessoas que acreditam na tentativa de golpe. Este dado reflete a estabilidade das percepções políticas entre a população ao longo do tempo.

Quais são os impactos das acusações no cenário político?

As acusações contra Bolsonaro impactam diretamente seu futuro político e jurídico. O ex-presidente foi indiciado no inquérito que investiga uma suposta tentativa de golpe, juntamente com outras 39 pessoas. A Polícia Federal acredita que ele deve ser denunciado pelo Ministério Público, possivelmente enfrentando julgamento em 2025. Além disso, Bolsonaro já se encontra inelegível até 2030 por causa de uma sentença do Tribunal Superior Eleitoral.

Quais são os principais grupos a favor ou contra Bolsonaro?

Os mais inclinados a acreditar na tentativa de golpe incluem indivíduos com menor grau de instrução, residentes no Nordeste e cidadãos de baixa renda. Em contraste, aqueles que normalmente exoneram Bolsonaro são tipicamente pessoas com ensino superior, de maior renda, habitantes do Sul e evangélicos.

Aviso de risco de golpe: realidade ou exagero?

Uma questão adicional abordada na pesquisa refere-se ao risco de um golpe de Estado no final de 2022. A maioria dos entrevistados (68%) concorda que havia risco, embora essa percepção varie em intensidade: 43% acreditaram em um perigo grande, 17% médio e 8% pequeno. Por outro lado, 25% não viram risco algum. Novamente, a opinião diverge significativamente entre grupos socioeconômicos e regiões específicas, refletindo nuances na percepção de perigo.

O que o público sabe sobre os planos de assassinato de líderes políticos?

Incidentes relatados sobre planos para assassinar o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outras figuras políticas, como Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, também influenciam as opiniões públicas. Cerca de 63% dos entrevistados afirmam estar cientes dessas investigações, especialmente entre os mais maduros. No entanto, entre os jovens de 16 a 24 anos, 57% desconhecem totalmente o caso. Essa discrepância no nível de informações pode moldar a forma como diferentes grupos percebem as acusações contra Bolsonaro relacionadas a tais planos.

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Leia também: Bolsonaro não seria o primeiro ex-presidente punido por tentativa de golpe

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