
O governo federal pretende ampliar a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para trabalhadores que ganham até R$ 5 mil. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou, nesta sexta-feira (14), que a proposta será encaminhada ao Congresso Nacional na próxima terça-feira (18).
“Vamos anunciar agora no dia 18 que quem ganha até 5 mil reais não vai mais pagar imposto de renda nesse país. Porque a verdade é que quem paga IR nesse país é quem tem desconto na fonte, por que aí não tem como sonegar. É descontado na folha de pagamento dele. Mas quem ganha muito às vezes nem paga. Inventa sempre uma ‘mutreta’ qualquer para não pagar. Queremos salvar o povo trabalhador de pagar o IR enquanto muita gente rica sonega”, disse o presidente.
IMPOSTO DE RENDA | “Vamos anunciar no dia 18 que quem ganha até R$ 5 mil não pagará mais Imposto de Renda neste país. Queremos salvar o trabalhador de pagar IR, quando muita gente rica sonega”, anunciou o presidente @LulaOficial em Sorocaba (SP) nesta sexta-feira (14/3). pic.twitter.com/3vTYQScNcT
— CanalGov (@canalgov) March 14, 2025
Como o governo pretende compensar a isenção do IR?
A proposta faz parte de uma promessa de campanha de Lula e foi estruturada pelo Ministério da Fazenda ao longo dos últimos meses. A equipe econômica busca formas de equilibrar a arrecadação, já que a isenção representará uma renúncia fiscal estimada em R$ 25 bilhões, segundo informações da CNN.
Para compensar a medida, a Fazenda estuda a criação de um “imposto mínimo efetivo” de 10% para quem recebe acima de R$ 50 mil por mês (o equivalente a R$ 600 mil por ano). Além disso, o governo quer aumentar a fiscalização sobre rendimentos no exterior.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já havia antecipado, na última segunda-feira (10), que a proposta de isenção do IR seria enviada ao Congresso após a apresentação do projeto que reduz as taxas de juros do crédito consignado para trabalhadores da iniciativa privada.
Previsão de aprovação
A expectativa é que a nova faixa de isenção seja aprovada a tempo de entrar em vigor em 2026. Ontem (13), a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou que o projeto dependia apenas de ajustes finais do Ministério da Fazenda e da agenda presidencial.
A declaração de Lula foi dada durante um evento em Sorocaba, onde o presidente, ao lado do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, participou da entrega de 789 ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para 559 cidades em 21 estados.
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