em entrevista

Lula defende ministro indiciado pela PF: “inocente até que se prove o contrário”

Juscelino Filho, ministro das Comunicações, foi indiciado por suspeitas de desvio de verbas públicas

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Lula falou sobre ministro indiciado durante entrevista – Créditos: Reprodução/Canal Gov

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou a situação do ministro Juscelino Filho (União Brasil-MA) durante uma entrevista a uma rádio do Maranhão realizada nesta sexta-feira (21). O petista afirmou estar feliz com a performance do ministro de Comunicações no governo.

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Juscelino foi indiciado na última quarta-feira (12) pela Polícia Federal por suposto desvio de verba de emenda parlamentar, organização criminosa e corrupção passiva. O presidente reforçou que seu ministro tem o direito de tentar provar inocência.

A fala veio enquanto Lula descrevia seu orgulho de ter ministros nordestino no governo. “Eu tenho muito orgulho com as pessoas que convidei para trabalhar no governo. Tem preconceito muitas vezes. Lembro que, quando indiquei o [ex-ministro Edson] Lobão para o Ministério de Minas e Energia, as pessoas falavam. Pois o Lobão foi uma figura excepcional no meu governo, para discutir qualquer assunto. O mesmo acontece com os ministros hoje. Estou feliz com o [Edson] Lobão [dos Esportes] e com o Juscelino e a [Sônia] Guajajara [dos Povos Indígenas]”, disse. Juscelino é do Maranhão.

Em seguida, o presidente falou sobre a investigação de Juscelino.”Tem um problema de indiciamento com Juscelino. Tenho uma filosofia. Todo cidadão é inocente até provar o contrário. Se tem pedido de indiciamento, eu tenho que aguardar o processo. Eu falo para os ministro, eu chamo e falo: ‘A verdade absoluta, só você que sabe, ninguém sabe. Você e Deus. Se você fez, peça licença e vá embora. Se você não fez, brigue”, afirmou o presidente.

A investigação sobre o ministro

Na última quarta-feira (12), a PF concluiu que o ministro cometeu o crime de corrupção passiva por participação em um suposto esquema de desvios de emendas parlamentares. Os recursos públicos eram destinados a obras de pavimentação pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).

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Ele também é acusado de lavagem de dinheiro público, fraude a licitação, falsidade ideológica, violação de sigilo em licitação e integrar organização criminosa.

Em nota, Juscelino negou as acusações e descreveu o relatório final como uma “ação política e previsível”. “A investigação, que deveria ser um instrumento para descobrir a verdade, parece ter se desviado de seu propósito original. Em vez disso, concentrou-se em criar uma narrativa de culpabilidade perante a opinião pública, com vazamentos seletivos, sem considerar os fatos objetivos”, afirmou.

As conclusões foram enviadas ao Supremo Tribunal Federal (STF). O relator do caso é o ministro Flávio Dino, que já trabalhou com Juscelino no governo.

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