COMPROMISSO

Mauro Cid é intimado por Moraes para esclarecer contradição em depoimento

Mauro Cid é intimado por Moraes para esclarecer contradição em depoimento
Mauro César Barbosa Cid era ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro – Crédito: Lula Marques/ Agência Brasil

Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, será ouvido no Supremo Tribunal Federal (STF), às 14h da próxima quinta-feira (21). A Procuradoria-Geral da República (PGR) e a defesa de Cid foram notificadas sobre a realização de um depoimento.

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Este depoimento tem como objetivo esclarecer as discrepâncias entre as declarações de Cid e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

A audiência, segundo o g1, foi marcada e será supervisionada pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, relator do processo. O novo depoimento que busca entender as omissões apontadas no acordo de delação premiada celebrado por Cid. Esse acordo entrou em risco devido a alegações de descumprimento apresentadas pela PF.

Consequências para Mauro Cid

A situação de Mauro Cid é delicada, visto que as alegações de descumprimento do acordo de delação premiada podem acarretar sérias consequências.

A PF levantou preocupações sobre a sinceridade de Cid, afirmando que ele omitiu informações relevantes relacionadas a um possível plano de golpe de Estado em dezembro de 2022.

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Se a Procuradoria-Geral da República considerar essas alegações procedentes e recomendar o cancelamento do acordo, Alexandre de Moraes poderá decretar a prisão de Cid, desde que a PF apresente um pedido formal.

É importante notar que a anulação do acordo de colaboração não invalida as provas já coletadas, as quais permanecem válidas para os desdobramentos legais do caso.

Possível omissão

Durante seu depoimento anterior, Cid negou ter conhecimento de um plano para um golpe de Estado, mesmo após uma operação da Polícia Federal que resultou na prisão de quatro militares e um policial federal.

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Eles são acusados de planejarem atentados contra figuras de alta relevância, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o próprio Alexandre de Moraes.

Os investigadores possuem motivos para acreditar que Cid sabe mais do que revelou. As investigações trouxeram à tona trocas de mensagens entre Mauro Cid e o general Mario Fernandes, que foi preso na operação. Nesses diálogos, é mencionado o suposto apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro para ações até o término de 2022.


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