O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou a uma plateia de empresários na noite de quinta-feira (6) que não tem planos de concorrer à presidência da República em 2026 e que seu interesse nesse tema é “zero“. A informação é do jornal Estadão.
Durante sua fala, Tarcísio destacou sua carreira, que passou por diferentes governos. O governador foi ministro da Infraestrutura de Jair Bolsonaro e também trabalhou em gestões anteriores do PT na Presidência. Ele exerceu o cargo de assessor do diretor de auditoria da área de infraestrutura na Controladoria-Geral da União (CGU) de outubro de 2008, durante o segundo mandato de Lula, até março de 2011, durante a gestão da ex-presidente Dilma Rousseff.
Após isso, Tarcísio permaneceu por alguns meses como coordenador-geral da auditoria da área de transportes, ainda na CGU, antes de assumir o cargo de diretor executivo do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), onde permaneceu até julho de 2014. Ele deixou o DNIT em janeiro de 2015, como diretor-geral substituto.
Ele expressou agradecimento a Dilma e respeito e admiração por Bolsonaro. “Um cara que tenho grande admiração e grande respeito”, destacou.
Parceria com o governo Lula
Em evento realizado em comemoração do aniversário de 132 anos do Porto de Santos, o governador de São Paulo ressaltou que há uma parceria “bem sólida” com o Governo Federal.
“A gente pode pensar diferente, pode divergir. Por exemplo, eu tenho outra linha de pensamento, mas naquilo que diz respeito ao interesse público, a gente vai caminhar juntos. É essa a mensagem que fica”, disse Tarcísio.
Além disso, o governador afirmou que “a parceria está bem sólida. A gente discutiu, obviamente, outros projetos. Na campanha eu sempre disse que ia manter uma relação republicana com o governo federal”.
Protagonismo de Tarcísio
Aliados de Bolsonaro têm se incomodado com o crescente protagonismo de Tarcísio, incluindo o pastor Silas Malafaia, que insinuou que o governador de São Paulo estava agindo para manter Bolsonaro inelegível.
Tarcísio respondeu apenas que a acusação era infundada, sem mencionar Malafaia diretamente. “Um pastor me descascou outro dia porque disse que quero substituir o Bolsonaro. O cara não me conhece”, disse.