O corpo diretivo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deve aprovar ainda nesta semana o uso do autoteste de Covid-19 no Brasil. Utilizado há meses em outros países, os autotestes são proibidos no país por causa de uma resolução da Anvisa de 2015.
O Ministério da Saúde pediu na última quinta-feira (13) para a agência liberar o exame que pode ser feito em casa. Pela regra, a pasta precisa elaborar uma política pública para liberar a entrega dos exames ao público leigo. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, já sinalizou que os produtos não devem ser adquiridos pelo governo federal.
Na proposta, o ministério orienta que pacientes que detectaram a infecção pelo autoteste procurem atendimento em unidade de saúde ou teleatendimento para confirmar o diagnóstico e receber orientações.
Atualmente, a testagem no Brasil está centrada em clínicas, farmácias e serviços públicos, que não estão conseguindo atender a demanda diante da circulação da alta transmissibilidade da variante ômicron.
Queiroga disse que o autoteste pode ajudar as unidades de saúde, mas afirmou que a compra do produto para o SUS pode não ter o efeito esperado. “O Brasil é um país muito heterogêneo, de muitos contrastes. A alocação deste recurso para aquisição de autoteste, distribuir para a população em geral, pode não ter resultado da política pública que nós esperamos”, disse o ministro no último dia 14.