A Covid-19 ainda é responsável por mil mortes a cada semana na Europa, conforme alertou na terça-feira (27) a sede europeia da Organização Mundial da Saúde (OMS). Esse número, porém, é “subestimado por causa da baixa no número de países que notificam regularmente a OMS sobre as mortes por Covid“, diz o diretor regional da sede, Hans Kluge.
De cordo com o jornal Le Monde, a fala do diretor pressiona as autoridades a garantirem a cobertura vacinal de pelo menos 70% da população vulnerável. “Mesmo que não se trate mais de um estado de emergência mundial em Saúde Pública, a Covid-19 não desapareceu“, ressaltou. No dia 5 de maio, a OMS declarou o fim da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional referente à doença causada pelo coronavírus.
O representante da Organização afirma, ainda, que trata-se de “uma infecção complexa que nós ainda não conhecemos bem o suficiente“. Na Europa, uma a cada 30 pessoas sofreu os efeitos da Covid longa nos últimos três anos. Isso significa que cerca de 36 milhões de habitantes da região, que reúne 53 países e se estende até a Ásia Central, foram afetados pela forma longa da doença.
“Devemos continuar a olhar para as sequelas da Covid a longo prazo, como a Covid longa. Estes casos continuam a ter um impacto profundo na Saúde em todo o mundo, e não podem ser ignorados”, reforçou a gerente de emergência da OMS na Europa, Catherine Smallwood.
No continente, a sede da Organização lembra que também é necessária a atenção à epidemia da varíola do macaco – que teve 22 casos registados na Europa em maio – e às consequências das ondas de calor.