Covid-19: Rio recua em reabertura com aumento do número de casos

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Com o aumento do número de casos de covid-19 na cidade do Rio de Janeiro, verificado nas duas últimas semanas, e o avanço da variante Delta, a prefeitura recuou no planejamento da reabertura. O mapa de risco, que avançava com áreas na bandeira amarela, de risco moderado de contágio pelo novo coronavírus, voltou para o laranja, de risco alto, em todo o município. Os dados foram apresentados hoje (6) na divulgação do 31º boletim epidemiológico da prefeitura.

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O prefeito Eduardo Paes ressaltou que, caso o cenário epidemiológico continue apresentando piora, o calendário de reabertura, previsto para iniciar em 2 de setembro, pode ser adiado.

“Quando a gente anuncia uma programação de reabertura, a gente não quer dizer que a situação está sob controle. Vou enfatizar as premissas. Todo o nosso planejamento guarda relação direta com a evolução do cenário epidemiológico. Nesse momento, se a gente continua tendo o número de casos aumentando, a tendência não é de abrir, a tendência é de fechar mais. Assumo a responsabilidade de talvez ter passado uma impressão de que as coisas estavam melhores do que estão”.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), os atendimentos na rede de urgência e emergência permanecem estáveis em um nível alto. A secretaria destaca que a variante Delta já representa 45% dos casos no município, mas 95% deles apresentam sintomas de síndrome gripal e apenas três casos entre os que fizeram a genotipagem foram de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), com 99% evoluindo para alta e cura. Foi registrado um óbito por covid-19, com confirmação para a variante Delta, de uma idosa que não se vacinou por opção própria.

O decreto que impõe medidas restritivas na cidade foi renovado até 23 de agosto. Permanece obrigatório o uso de máscaras e suspenso o funcionamento de boates, danceterias e festas que precisem de autorizaqção do Poder Público. Há limites de ocupação e distanciamento em bares, restaurantes, academias, cinemas e teatros.

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Vacina

A prefeitura destacou que apenas 5% das pessoas que se internam por covid-19 tomaram ao menos uma dose da vacina. Os outros 95% são de pessoas que não tomaram nenhuma dose, tendência verificada há quatro semanas. De acordo com o secretário de Saúde, Daniel Soranz, a cidade já teve 1.400 pessoas internadas ao mesmo tempo por causa da covid-19 e hoje são 650.

Até o momento, 80% dos adultos moradores da cidade já tomaram ao menos a primeira dose, o que corresponde a 62,5% da população total. Na faixa entre 40 e 59 anos, a imunização parcial chegou a 90%. A segunda dose ou dose única foi aplicada em 35,8% da população adulta, chegando a 92% dos maiores de 60 anos.

Hoje se vacinam as pessoas de 28 anos e amanhã, as de 27. Por causa de atrasos na entrega das vacinas, a prefeitura determinou que neste sábado (7) os postos abrirão um pouco mais tarde, às 10h, em vez das 8h como de costume, fechando às 17h. Foi aberta a repescagem permanente para maiores de 50 anos, pessoas com comorbidade, gestantes e puérperas. Nas próximas duas semanas será aplicada a segunda dose nas pessoas com comorbidades.

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Eduardo Paes adiantou que, caso o calendário seja cumprido e até o dia 18 de agosto todas as pessoas com 18 anos ou mais estejam imunizadas, a prefeitura estuda adiantar a aplicação da dose de reforço nos idosos, prevista para outubro, e também diminuir o intervalo entre as doses de quem recebeu a vacina da Pfizer. No cartão de vacinação, foi previsto o prazo de 12 semanas, mas a fabricante autoriza a aplicação do reforço com três semanas.

Réveillon

O Diário Oficial do município publicou hoje o caderno de encargos com o planejamento para a festa de réveillon na cidade. Além de Copacabana, com três palcos, estão previstos shows e queima de fogos também no Boulevard Olímpico, Bangu, Penha, Parque Madureira, Praia do Flamengo, Praia da Moreninha (Paquetá), Praia da Bica (Ilha do Governador), Guaratiba, Praia de Sepetiba e Piscinão de Ramos.

Paes destacou que a realização da festa depende da evolução positiva do cenário epidemiológico.

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“O réveillon é daqui a cinco meses. Se fosse amanhã, seria uma incoerência. Mas tudo aponta para a enorme possibilidade de a gente ter réveillon este ano, não dá para preparar um evento como esse em um mês. Então nós vamos trabalhar para o réveillon como se ele fosse acontecer, respeitando os prazos de licitação. Há todo o processo administrativo e burocrático. Daqui a cinco meses, a gente espera estar com todo mundo vacinado com as duas doses, a propulação protegida, a terceira dose para os idosos. É com esse olhar otimista que a gente olha paro o futuro”.

(Agência Brasil)

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