saúde mental

Especialistas cobram fortalecimento da Rede de Atenção Psicossocial

Medidas já adotadas pelo governo desde o ano passado elevaram os investimentos com Raps de R$ 1,6 bilhão para R$ 2,14 bilhões

Especialistas defenderam nesta terça-feira (25), durante debate na Câmara dos Deputados, o reforço da Rede de Atenção Psicossocial
Especialistas defenderam nesta terça-feira (25), durante debate na Câmara dos Deputados, o reforço da Rede de Atenção Psicossocial – Crédito: Canva Fotos

Especialistas defenderam nesta terça-feira (25), durante debate na Câmara dos Deputados, o reforço da Rede de Atenção Psicossocial (Raps). Pediram, ainda, a fiscalização das comunidades terapêuticas que hoje recebem recursos públicos.

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O coordenador-geral de Desinstitucionalização e Direitos Humanos do Ministério da Saúde, João Mendes de Lima Júnior, disse que medidas já adotadas pelo governo desde o ano passado elevaram os investimentos com Raps de R$ 1,6 bilhão para R$ 2,14 bilhões.

“Para 2024, estamos projetando alguma coisa próxima, mais ou menos R$ 400 milhões, porque não se faz a recomposição de uma vez só, com o Orçamento de um único ano”, afirmou o representante do Ministério da Saúde na reunião.

A audiência pública na Comissão de Legislação Participativa foi realizada a pedido do presidente do colegiado, Glauber Braga (Psol-RJ), e das deputadas Fernanda Melchionna (Psol-RS) e Sâmia Bomfim (Psol-SP) para avaliar a atuação da Raps.

A Raps integra o Sistema Único de Saúde (SUS) e oferece atendimento às pessoas em sofrimento psíquico, incluindo aquelas com necessidades decorrentes do uso de álcool e outras drogas, explicaram os três parlamentares ao sugerir o debate.

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Comunidades terapêuticas

O professor da Universidade de Brasília (UnB) Pedro da Costa e outros participantes da reunião criticaram iniciativas que preveem o repasse de verbas federais a comunidades terapêuticas que atuam com dependentes químicos.

Ele lamentou um recente credenciamento, pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), de 587 entidades para acolhimento, preferencialmente, de mães nutrizes (que amamentam) e pessoas do gênero feminino.

“Esse é um dos vários retrocessos que o MDS tem patrocinado. Não só o Estado continua a financiar esses novos velhos manicômios, como vai contra a reforma psiquiátrica, que pede o fim deles e das comunidades terapêuticas”, disse Costa.

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*Fonte: Agência Câmara de Notícias

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