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Governo implanta serviço de telessaúde para atender yanomami

De acordo com comunicado do ministério, foram instalados 98 pontos de internet em áreas indígenas de Roraima e do Amazonas

O Ministério da Saúde anunciou a implementação de uma estrutura de telessaúde para atender a população yanomami em Roraima.
Foram instalados 98 pontos de internet na área indígena – Crédito: Fernando Frazão/Agência Brasil

O Ministério da Saúde anunciou a implementação de uma estrutura de telessaúde para atender a população yanomami em Roraima. Com essa iniciativa, os indígenas poderão consultar especialistas como oftalmologistas, nutricionistas, dermatologistas e cardiologistas sem precisar sair de suas comunidades.

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De acordo com comunicado do ministério, foram instalados 98 pontos de internet em áreas indígenas de Roraima e do Amazonas. Além disso, o Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (Dsei) recebeu 106 computadores. A ação visa reformular o atendimento na região, oferecendo novas possibilidades de tratamento.

Segundo a reportagem da Agência Brasil, a nota ressalta que, devido a questões culturais, os yanomami enfrentam dificuldades em deixar o território, seja por questões alimentares ou por rituais. Com a telessaúde, o ministério espera ampliar a oferta de espcialidades, algo que é frequentemente comprometido pela dificuldade em contratar profissionais para regiões de difícil acesso.

“O investimento na infraestrutura digital, com mais computadores e ampliação dos pontos de internet, reforça a captação e consolidação de dados sobre vacinação, adoecimentos, tratamentos realizados, óbitos e outros indicadores de saúde, o que garante uma maior geração de dados e informações sobre o povo yanomami”, destacou o ministério.

O Comitê de Operações Emergenciais Yanomami revelou que, nos primeiros três meses deste ano, foram registrados 74 óbitos no território. Esse número representa uma redução de 33% em comparação ao mesmo período do ano anterior, quando foram contabilizadas 111 mortes.

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Os dados indicam que as principais causas de óbito que apresentaram diminuição foram relacionadas à malária, desnutrição e infecções respiratórias agudas graves.

“O povo yanomami tem a maior terra indígena do Brasil, com 10 milhões de hectares, mais de 380 comunidades e 30 mil indígenas. Desde janeiro de 2023, o Ministério da Saúde investe para mitigar a grave crise causada na região pelo garimpo ilegal”, afirmou o ministério.

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