
Hospitais e pacientes do estado de São Paulo estão sofrendo com a falta de medicamentos. O problema atinge hospitais públicos e privados. A escassez ocorre desde janeiro de 2022, quando alguns remédios especiais de alto custo deixaram de ser entregues a pacientes que necessitam.
O Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de São Paulo (Cosems-SP) afirma, em relatório do dia 12, que faltam medicamentos para o tratamento de anemia, hepatite C, tratamentos oncológicos e outros 19 tipos de drogas especiais de alto custo.
No dia 22 de fevereiro, a SES Cosems–SP enviaram um documento ao Departamento de Assistência Farmacêutica do Ministério da Saúde pela sequência de intercorrências no abastecimento de remédios de alto custo e oncológicos. https://t.co/Ms3LdmBxSW
— COSEMSSP (@cosemssp) March 21, 2022
Tem hospital que não tem condições nem de realizar exames e, portanto, está quase paralisado. Segundo apuração do G1 falta o básico: seringas, agulhas e dipirona. Alguns destes hospitais não conseguem sequer realizar um hemograma por falta de insumos.
Alguns destes medicamentos e insumos são de responsabilidade do Ministério da Saúde. Mais precisamente, 22 fármacos.
A Secretaria Municipal da Saúde da cidade de São Paulo soltou, em nota, que cobrou do Ministério da Saúde, explicações e, claro, os remédios:
“A Secretaria de Estado da Saúde segue cobrando o Governo Federal e aguarda a regularização dos medicamentos. A SES ressalta que o Estado apenas redistribui os medicamentos e comunica os pacientes assim que o órgão federal realiza as entregas e as farmácias são abastecidas.”
Em nota enviada à Globo, o Ministério da Saúde disse que está trabalhando em conjunto com a Anvisa para corrigir a situação.
O conflito entre Rússia e Ucrânia e a pandemia de Covid-19, afetam a produção, a compra e a distribuição de insumos utilizados pelo mundo.