Um levantamento do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) de São Paulo mostra que entre maio de 2023 e maio de 2024, um dos principais motivos das internações de idosos com 80 anos ou mais é o de punho quebrado após a queda. Das 554 internações por fratura, 286 foram por punho quebrado (fratura da extremidade distal do rádio).
Já no Pronto-Socorro do HSPE, no mesmo período, foram atendidos cerca de 100 casos de fratura de quadril (fratura de fêmur proximal) em pacientes octogenários.
As principais causas de queda das pessoas idosas são a fraqueza muscular, desequilíbrios, alterações na visão e na cognição. Os incidentes ocorrem geralmente em casa ou em lugares comuns da rotina. A Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu a data de 24 de junho como o Dia Mundial de Prevenção de Queda.
O tratamento de quedas pode ser mais delicado para as pessoas idosas devido às multimorbidades pré-existentes como casos de osteoporose (porosidade nos ossos) e sarcopenia (quadro de perda de massa muscular durante o envelhecimento). O acompanhamento clínico é fundamental, pois auxilia na prática de exercícios físicos que, além de fortalecer a musculatura, também torna o corpo mais resistente ao impacto. Além disso, é preciso atenção com o uso de muitos medicamentos e psicotrópicos (calmantes).
As partes mais comuns de fraturas em idosos são quadril (por trauma lateral da bacia), punho e mão por apoio na queda, cotovelo e o ombro também em quedas laterais.
Para o ortopedista do HSPE, Fabiano Rebouças, a osteoporose pode contribuir com o aumento da incidência destas fraturas.
“Há muitas quedas por parte dos idosos por perda do centro de equilíbrio corpóreo dado pela coluna, que com a idade começa a se curvar para frente (cifose). Há também a diminuição dos reflexos motores, a diminuição da força nos membros inferiores levantando menos os pés do chão, o que facilita tropeçar, ter tonturas, vertigens e alterações da visão. Para prevenir acidentes, recomendamos a utilização de bengala, evitar o uso de chinelos ou sandálias soltas nos pés, evitar tapetes soltos em casa, além da instalação de barras de segurança e apoio em locais estratégicos da residência dos idosos como banheiros, corrimão, corredores e escadas”, explica.
*Matéria com informações do Governo do Estado de São Paulo