O sal do Himalaia é frequentemente visto como uma opção mais saudável em comparação ao sal comum. No entanto, ao analisar a realidade nutricional do produto, nota-se que essa percepção é mais um dos mitos sobre o alimento.
Muitas vezes, as pessoas consomem alimentos que parecem ser saudáveis, mas que, na realidade, podem não ser tão benéficos quanto se imagina.
Quais os mitos sobre o sal do Himalaia?
Segundo a nutricionista Micaela Grohmann, um dos principais mitos é que o sal do Himalaia tem menos sódio do que o sal comum. “Isso é uma crença enganosa, porque ambos têm cerca de 98% de cloreto de sódio“, afirma à Perfil.com.
Outro mito é que o sal do Himalaia seria melhor por conter potássio, magnésio, ferro, cálcio. Porém, de acordo com a nutricionista, as quantidades são mínimas e, por isso, não há um efeito benéfico.
Micaela também pontua que o sódio é um nutriente essencial para o nosso organismo, porque participa de diversas funções do nosso corpo, agindo “nas células, no volume plasmático, no equilíbrio do ácido base e na transmissão do impulso nervoso“.
Apesar disso, a especialista ressalta que um consumo excessivo pode gerar riscos para a saúde, incluindo o aumento da pressão arterial.
Um estudo da Universidade de São Paulo (USP) em parceria com a Universidade de Liverpool, no Reino Unido, publicado na revista “BMC Medicine”, estima que a redução voluntária de sódio em alimentos industrializados no Brasil é capaz de prevenir mais de 180 mil novos diagnósticos de doenças cardiovasculares associadas à hipertensão, além de evitar 2,6 mil mortes decorrentes dessas doenças, em um período de 20 anos.
Para controlar o consumo de sódio, Micaela aconselha ter como hábito não levar o saleiro para a mesa e substituir o sal por ervas e/ou condimentos.
* Sob supervisão de Lilian Coelho