Uma pesquisa inédita, publicada na revista “Nature”, associa diretamente o número de passos diários a riscos menores de doenças crônicas, como obesidade e depressão. Através da tecnologia dos smartwatches, os médicos conseguiram cravar o valor de oito a nove mil passos necessários diariamente.
Os pesquisadores acompanharam mais de 6 mil voluntários durante quatro anos. Destes, 73% eram mulheres, 84% eram brancos e 71% tinham formação superior, com média de idade de 56 anos. Eles observaram que, de forma geral, quanto maior a quantidade de passos e maior a intensidade, menor o risco de diversas doenças.
Anteriormente, pesquisas semelhantes dependiam de questionários preenchidos pelos próprios voluntários ou os monitoravam por períodos curtos, como 7 dias, o que limita a precisão dos dados obtidos e pode acabar com reportes exagerados das atividades executadas.
Aqueles que caminhavam mais todos os dias – próximo dos dez mil passos – tinham uma chance entre 24% e 52% menor de desenvolver diabetes, hipertensão e depressão em relação aos que mantinham uma média próxima a seis mil.
No entanto, os benefícios à saúde apareceram antes mesmo dos famosos dez mil: acima de 8.200 passos já cai o risco de desenvolver obesidade, apneia do sono, refluxo gastroesofágico e transtorno depressivo. Para essas doenças, quanto maior a quantidade de passos, maior a proteção.